Grupo pede retomada imediata de negociações entre Israel e Autoridade Palestina
Estados Unidos, União Europeia, Rússia e a ONU fizeram o pedido após a reivindicação de reconhecimento da Palestina feita presidente Mahmoud Abbas na ONU
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2011 às 08h53.
Brasília - O Quarteto para o Oriente Médio, grupo formado por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e a ONU, pediu a retomada imediata das negociações de paz entre Israel e a Autoridade Palestina, após a reivindicação do presidente Mahmoud Abbas para o reconhecimento do Estado palestino nas Nações Unidas.
O pedido de volta às negociações foi feito na sexta-feira depois do discurso do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disse que o enviado especial do quarteto à região, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, vai trabalhar para colocar as duas partes na mesa de negociações.
Em entrevista à BBC, Blair disse que o quarteto compreende perfeitamente que “os palestinos têm o direito de ir à ONU e apresentar seu pedido".
"O que quer que aconteça na ONU não vai funcionar se não houver negociações”, disse Blair. Ele espera que os dois lados voltem a negociar “em um mês, definindo um cronograma para o esboço de um acordo no período de um ano", informou.
Os palestinos pedem a delimitação de seu Estado a partir das fronteiras de 1967, que incluem a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental – territórios ocupados por Israel, que rechaça veementemente a decisão palestina.
Na sexta-feira, Abbas disse no plenário da ONU que "chegou a hora" de seu povo "ganhar liberdade".
"Em um momento em que o povo árabe afirma sua luta pela democracia na chamada Primavera Árabe, chegou a hora também da primavera palestina, a hora para a independência", declarou Abbas.
Logo depois, ele entregou formalmente ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o pedido para adesão palestina como membro pleno das Nações Unidas.
Abbas disse que o reconhecimento internacional de um Estado palestino “seria a maior contribuição para a paz” no Oriente Médio.
Logo após o discurso de Abbas, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu subiu a tribuna da ONU para rejeitar a proposta palestina.
Netanyahu disse que os palestinos primeiro precisam entrar em paz com Israel para só depois pedir o reconhecimento de seu Estado.
“A paz precisa estar ancorada na segurança e não pode ser alcançada por meio de resoluções da ONU, somente por meio de negociações diretas”, disse o premiê israelense, que ofereceu sua "mão" para todos no Oriente Médio, mas "especialmente aos palestinos".
Ele convidou ainda Abbas para negociações sobre a paz imediatamente, que começassem ainda na sexta-feira.
"Agora que estamos na mesma cidade, no mesmo prédio, vamos nos encontrar hoje [sexta-feira], aqui na ONU. Ninguém nem nada vai nos impedir se isso for realmente nosso objetivo. Vamos falar abertamente e, se Deus quiser, encontrar um caminho comum para a paz", disse.
O pedido de reconhecimento será analisado pelo Conselho de Segurança da ONU, onde deve enfrentar resistência dos Estados Unidos um dos membros permanentes, que têm poder de veto. Os Estados Unidos reconhecem a legitimidade do pedido de Abbas, mas a criação de um Estado Palestino deve vir por meio de negociações com Israel.
Brasília - O Quarteto para o Oriente Médio, grupo formado por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e a ONU, pediu a retomada imediata das negociações de paz entre Israel e a Autoridade Palestina, após a reivindicação do presidente Mahmoud Abbas para o reconhecimento do Estado palestino nas Nações Unidas.
O pedido de volta às negociações foi feito na sexta-feira depois do discurso do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disse que o enviado especial do quarteto à região, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, vai trabalhar para colocar as duas partes na mesa de negociações.
Em entrevista à BBC, Blair disse que o quarteto compreende perfeitamente que “os palestinos têm o direito de ir à ONU e apresentar seu pedido".
"O que quer que aconteça na ONU não vai funcionar se não houver negociações”, disse Blair. Ele espera que os dois lados voltem a negociar “em um mês, definindo um cronograma para o esboço de um acordo no período de um ano", informou.
Os palestinos pedem a delimitação de seu Estado a partir das fronteiras de 1967, que incluem a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental – territórios ocupados por Israel, que rechaça veementemente a decisão palestina.
Na sexta-feira, Abbas disse no plenário da ONU que "chegou a hora" de seu povo "ganhar liberdade".
"Em um momento em que o povo árabe afirma sua luta pela democracia na chamada Primavera Árabe, chegou a hora também da primavera palestina, a hora para a independência", declarou Abbas.
Logo depois, ele entregou formalmente ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o pedido para adesão palestina como membro pleno das Nações Unidas.
Abbas disse que o reconhecimento internacional de um Estado palestino “seria a maior contribuição para a paz” no Oriente Médio.
Logo após o discurso de Abbas, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu subiu a tribuna da ONU para rejeitar a proposta palestina.
Netanyahu disse que os palestinos primeiro precisam entrar em paz com Israel para só depois pedir o reconhecimento de seu Estado.
“A paz precisa estar ancorada na segurança e não pode ser alcançada por meio de resoluções da ONU, somente por meio de negociações diretas”, disse o premiê israelense, que ofereceu sua "mão" para todos no Oriente Médio, mas "especialmente aos palestinos".
Ele convidou ainda Abbas para negociações sobre a paz imediatamente, que começassem ainda na sexta-feira.
"Agora que estamos na mesma cidade, no mesmo prédio, vamos nos encontrar hoje [sexta-feira], aqui na ONU. Ninguém nem nada vai nos impedir se isso for realmente nosso objetivo. Vamos falar abertamente e, se Deus quiser, encontrar um caminho comum para a paz", disse.
O pedido de reconhecimento será analisado pelo Conselho de Segurança da ONU, onde deve enfrentar resistência dos Estados Unidos um dos membros permanentes, que têm poder de veto. Os Estados Unidos reconhecem a legitimidade do pedido de Abbas, mas a criação de um Estado Palestino deve vir por meio de negociações com Israel.