Bandeira do Estado Islâmico em cidade iraquiana: ataques deixaram pelo menos 20 mortos (Jm Lopez/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 21h49.
Cairo - O grupo radical egípcio Wilayat Sina, que jurou lealdade aos jihadistas do Estado Islâmico (EI), reivindicou os ataques da noite desta quinta-feira contra as forças de segurança na Península do Sinai, que deixaram pelo menos 20 mortos.
Este grupo, antes conhecido como Ansar Beit al Maqdis, assumiu em uma de suas contas no Twitter a responsabilidade dessas ações terroristas contra as forças de segurança nas localidades de Al Arish, capital do Sinai, Sheikh Sued, ao leste de Al Arish, e Rafah, na fronteira com a Faixa de Gaza, na Palestina.
Segundo distintas fontes, entre 20 e 29 pessoas morreram em vários ataques sincronizados contra instalações militares e postos de controle nos quais foram utilizados armas leves, bombas e carros-bomba.
O grupo terrorista assegurou que lançou ataques contra o quartel da Brigada 101, situada no bairro Al Salam de Al Arish, assim como contra vários postos de controle na capital do Sinai, em Sheikh Sueid e em Rafah.
Em sua reivindicação, cuja autenticidade não pôde ser confirmada por fontes independentes, o grupo detalha que homens armados leais ao grupo saquearam dois pontos das forças de segurança em Sheikh Sued e outros em Rafah.
Faltando números oficiais, o jornal oficial "Al-Ahram" informou da morte de 25 pessoas em Al Arish e de outras quatro em Rafah, cidade fronteiriça com Gaza.
Essa área do Egito é um foco de instabilidade há anos, mas desde a derrocada do presidente Mohammed Mursi, em julho de 2013, se multiplicaram os ataques contra as forças da ordem.
No último dia 24 de outubro, pelo menos 31 soldados morreram em um ataque armado perto da fronteira com Gaza, na mais sangrenta ação contra o exército nessa região nos últimos anos.
Desde então, as autoridades egípcias decretaram estado de exceção em parte da península e começaram a demolição das casas da cidade de Rafah situadas perto da fronteira com Gaza, após alegar que os invasores chegam dos territórios palestinos por meio de túneis subterrâneos.