Greve na Cisjordânia tenta expor situação de prisioneiros a Trump
No dia da chegada de Trump a Israel, a greve se solidariza pelas centenas de palestinos em greve de fome nas prisões israelenses
AFP
Publicado em 22 de maio de 2017 às 11h38.
Os palestinos da Cisjordânia ocupada observavam uma greve geral nesta segunda-feira em apoio aos prisioneiros em greve de fome em prisões israelenses, no dia da chegada de Donald Trump a Israel.
Em Ramallah, sede da Autoridade Palestina, esboço de um Estado que ainda não se concretizou, todas as empresas estavam fechadas e as ruas vazias.
O transporte público estava paralisado. Em Hebron, no sul, as empresas, escolas e edifícios públicos estavam fechados, constatou a AFP.
Diante dos campos de refugiados próximos de Ramallah as vias de acesso foram bloqueadas com latas de lixo e carros.
Centenas de palestinos estão em greve de fome nas prisões israelenses há 36 dias exigindo melhores condições carcerárias.
A greve tem como objetivo sensibilizar o presidente americano à causa dos prisioneiros. Trump, que chegou nesta segunda-feira em Israel, se reunirá na terça-feira em Belém, na Cisjordânia, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
A mobilização em favor dos presos tem sido marcada por várias greves e muitas manifestações.
Dois palestinos foram mortos, um por um soldado e outro por um colono israelense, durante manifestações. Dezenas de outros palestinos ficaram feridos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Cerca de 6.500 palestinos estão detidos em prisões israelenses, de acordo com o Clube de Prisioneiros Palestinos, uma organização não-governamental de referência nos territórios ocupados.