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Grécia realocará 16 mil refugiados em 15 centros de amparo

Serão habilitados 15 novos centros de amparo, com o objetivo de aliviar a pressão sobre o acampamento de Idomeni, na fronteira com a Macedônia

Refugiados: a Grécia quer começar rapidamente o despejo do campo de refugiados de Idomeni, onde há mais de 18.700 pessoas (Stoyan Nenov / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2016 às 10h51.

Atenas - O governo da Grécia começou a realocar nos novos centros de amparo 16 mil refugiados dos mais de 42 mil que estão parados em seu território após fechamento da rota balcânica, enquanto o fluxo de pessoas desde a costa turca às ilhas do Egeu não para.

Serão habilitados 15 novos centros de amparo, com o objetivo de aliviar a pressão sobre o acampamento de Idomeni, na fronteira com a Macedônia, e o porto do Pireo, em Atenas, com capacidade para abrigar 16 mil pessoas.

O governo anunciou hoje que, ao longo do dia, transferirá mais de mil das três mil pessoas que se amontoam no porto do Pireo para outros centros já habilitados.

A região de Ática - onde está Atenas - receberá quatro destes centros de alojamento temporário, e os 11 restantes serão montados em Drama, Termópilas, Épiro, Tessália e Litójoro.

O ministro da Defesa, Dimitris Vitsas, afirmou hoje em uma entrevista à emissora privada "Star" que a Grécia tem, neste momento, 30 mil vagas de atendimento, e garantiu que até o final da semana que vem aumentarão para 50 mil.

A Grécia quer começar rapidamente o despejo do campo de refugiados de Idomeni, onde há mais de 18.700 pessoas.

As autoridades descartaram usar a força para este despejo, e tentarão persuadir os refugiados com folhetos em três idiomas - inglês, pashtun e árabe - que informa que não poderão continuar sua viagem devido ao fechamento das fronteiras.

"Não podem ir ao país vizinho. As fronteiras estão fechadas. Por favor, colaborem com as autoridades oficiais gregas. Você será levado às instalações de amparo, onde receberá alojamento, alimentação e atendimento médico", diz o folheto, segundo a imprensa local.

O ministro de Defesa Civil, Nikos Toskas, espera que a situação volte "à normalidade" em uma ou duas semanas, ao destacar a ação de seu governo contra os traficantes. Segundo ele, desde janeiro foram detidos 68 na Grécia.

No campo de Idomeni as condições higiênicas são uma das grandes preocupações das ONGs que operam ali, embora a falta de mantimentos, por causa da grande quantidade de refugiados que chegam diariamente também inspire preocupação.

A ONG Médicos Sem Fronteiras mostrou em sua conta no Twitter que o mau tempo que castigou o campo nos últimos dias deu hoje uma trégua.

No outro extremo da Grécia, no porto ateniense do Pireo, segundo números oficiais, há mais de 3.500 migrantes instalados, embora este número varie rapidamente conforme atracam as embarcações desde as ilhas do Egeu e os refugiados são realocados.

As autoridades garantiram que os planos de realocação esbarram na resistência de muitos migrantes e refugiados, que se negam a sair de Idomeni por acreditarem que a fronteira será reaberta em algum momento.

Ontem de manhã foram transferidos 700 pessoas do Pireo a Trikala, Larisa e Ayios Andreas.

Por outro lado, nas ilhas gregas já há quase 8.300 migrantes e refugiados que esperam para serem transferidos ao porto do Pireo e de Kavala, no norte do país, enquanto nas últimas 24 horas 830 pessoas chegaram à costa grega desde a Turquia.

Oito centros de amparo temporários começaram a funcionar ontem na região de Tessália, no centro da Grécia: quatro complexos militares, dois hotéis alugados e dois acampamentos de férias que pertencem ao Ministério do Trabalho.

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A região de Ática - onde está Atenas - receberá quatro destes centros de alojamento temporário, e os 11 restantes serão montados em Drama, Termópilas, Épiro, Tessália e Litójoro.

O ministro da Defesa, Dimitris Vitsas, afirmou hoje em uma entrevista à emissora privada "Star" que a Grécia tem, neste momento, 30 mil vagas de atendimento, e garantiu que até o final da semana que vem aumentarão para 50 mil.

A Grécia quer começar rapidamente o despejo do campo de refugiados de Idomeni, onde há mais de 18.700 pessoas.

As autoridades descartaram usar a força para este despejo, e tentarão persuadir os refugiados com folhetos em três idiomas - inglês, pashtun e árabe - que informa que não poderão continuar sua viagem devido ao fechamento das fronteiras.

"Não podem ir ao país vizinho. As fronteiras estão fechadas. Por favor, colaborem com as autoridades oficiais gregas. Você será levado às instalações de amparo, onde receberá alojamento, alimentação e atendimento médico", diz o folheto, segundo a imprensa local.

O ministro de Defesa Civil, Nikos Toskas, espera que a situação volte "à normalidade" em uma ou duas semanas, ao destacar a ação de seu governo contra os traficantes. Segundo ele, desde janeiro foram detidos 68 na Grécia.

No campo de Idomeni as condições higiênicas são uma das grandes preocupações das ONGs que operam ali, embora a falta de mantimentos, por causa da grande quantidade de refugiados que chegam diariamente também inspire preocupação.

A ONG Médicos Sem Fronteiras mostrou em sua conta no Twitter que o mau tempo que castigou o campo nos últimos dias deu hoje uma trégua.

No outro extremo da Grécia, no porto ateniense do Pireo, segundo números oficiais, há mais de 3.500 migrantes instalados, embora este número varie rapidamente conforme atracam as embarcações desde as ilhas do Egeu e os refugiados são realocados.

As autoridades garantiram que os planos de realocação esbarram na resistência de muitos migrantes e refugiados, que se negam a sair de Idomeni por acreditarem que a fronteira será reaberta em algum momento.

Ontem de manhã foram transferidos 700 pessoas do Pireo a Trikala, Larisa e Ayios Andreas.

Por outro lado, nas ilhas gregas já há quase 8.300 migrantes e refugiados que esperam para serem transferidos ao porto do Pireo e de Kavala, no norte do país, enquanto nas últimas 24 horas 830 pessoas chegaram à costa grega desde a Turquia.

Oito centros de amparo temporários começaram a funcionar ontem na região de Tessália, no centro da Grécia: quatro complexos militares, dois hotéis alugados e dois acampamentos de férias que pertencem ao Ministério do Trabalho.

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