Grécia parece pronta para concordar com exigência da Alemanha
Lei de austeridade estabelece US$ 4,35 bilhões em cortes em pensão, remunerações e emprego como contrapartida para um pacote de resgate da União Europeia e do FMI
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2012 às 09h42.
ATENAS - Legisladores gregos pareciam destinados a concordar com um acordo de resgate profundamente impopular no domingo para evitar o que o primeiro-ministro Lucas Papademos advertiu que seria "um caos econômico", e a Alemanha exigiu de Atenas mudanças dramáticas para se manter na zona do euro.
O projeto de lei de austeridade estabelece 3,3 bilhões de euros (4,35 bilhões dólares) em cortes em pensão, remunerações e emprego como contrapartida para um pacote de resgate de 130 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional -o segundo da Grécia desde 2010.
A Grécia precisa dos fundos antes de 20 de março para atender o pagamento da dívida de 14,5 bilhões de euros e o projeto de lei suscitou a ira nas ruas e tumultos dentro do governo de coalizão.
Dirigindo-se à nação na noite de sábado, Papademos advertiu que não apoiar o projeto de lei significaria "colocar o país em uma aventura desastrosa".
"Isso criaria condições de descontrolado caos econômico e explosão social", disse ele.
"O país seria arrastado para um vórtice de recessão, instabilidade, desemprego e prolongada miséria e isso, mais cedo ou mais tarde, tiraria o país da zona do euro".
O Partido Comunista da Grécia acusou Papademos de "mentira e alarmismo", mas a Alemanha aumentou a pressão, dizendo que a Europa necessita de ação, não de palavras.
"As promessas da Grécia já não são suficientes para nós", disse o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, em uma entrevista publicada neste domingo no jornal Welt am Sonntag.
Pesquisas de opinião na Alemanha mostram que a maioria dos alemães estão dispostos a ajudar, disse Schaeuble, "mas é importante dizer que isso não pode ser um poço sem fundo".
"É por isso que os gregos tem que finalmente fechar o poço. Assim poderemos colocar alguma coisa lá. Ao menos, as pessoas estão começando a perceber que não irá funcionar com um poço sem fundo", disse.
"A Grécia precisa fazer o seu próprio dever de casa para se tornar competitiva -independentemente se isso acontece em conjunto com um novo programa de resgate ou por outra rota que nós realmente não queremos tomar".
Quando perguntado sobre se esta outra "rota" significaria em a Grécia deixar a zona do euro, Schaeuble disse: "Isso está totalmente nas mãos dos gregos. Mas mesmo nesse caso (da Grécia deixando a zona do Euro), o que praticamente ninguém acredita que irá acontecer, eles continuarão sendo parte da Europa".
ATENAS - Legisladores gregos pareciam destinados a concordar com um acordo de resgate profundamente impopular no domingo para evitar o que o primeiro-ministro Lucas Papademos advertiu que seria "um caos econômico", e a Alemanha exigiu de Atenas mudanças dramáticas para se manter na zona do euro.
O projeto de lei de austeridade estabelece 3,3 bilhões de euros (4,35 bilhões dólares) em cortes em pensão, remunerações e emprego como contrapartida para um pacote de resgate de 130 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional -o segundo da Grécia desde 2010.
A Grécia precisa dos fundos antes de 20 de março para atender o pagamento da dívida de 14,5 bilhões de euros e o projeto de lei suscitou a ira nas ruas e tumultos dentro do governo de coalizão.
Dirigindo-se à nação na noite de sábado, Papademos advertiu que não apoiar o projeto de lei significaria "colocar o país em uma aventura desastrosa".
"Isso criaria condições de descontrolado caos econômico e explosão social", disse ele.
"O país seria arrastado para um vórtice de recessão, instabilidade, desemprego e prolongada miséria e isso, mais cedo ou mais tarde, tiraria o país da zona do euro".
O Partido Comunista da Grécia acusou Papademos de "mentira e alarmismo", mas a Alemanha aumentou a pressão, dizendo que a Europa necessita de ação, não de palavras.
"As promessas da Grécia já não são suficientes para nós", disse o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, em uma entrevista publicada neste domingo no jornal Welt am Sonntag.
Pesquisas de opinião na Alemanha mostram que a maioria dos alemães estão dispostos a ajudar, disse Schaeuble, "mas é importante dizer que isso não pode ser um poço sem fundo".
"É por isso que os gregos tem que finalmente fechar o poço. Assim poderemos colocar alguma coisa lá. Ao menos, as pessoas estão começando a perceber que não irá funcionar com um poço sem fundo", disse.
"A Grécia precisa fazer o seu próprio dever de casa para se tornar competitiva -independentemente se isso acontece em conjunto com um novo programa de resgate ou por outra rota que nós realmente não queremos tomar".
Quando perguntado sobre se esta outra "rota" significaria em a Grécia deixar a zona do euro, Schaeuble disse: "Isso está totalmente nas mãos dos gregos. Mas mesmo nesse caso (da Grécia deixando a zona do Euro), o que praticamente ninguém acredita que irá acontecer, eles continuarão sendo parte da Europa".