Grécia discute prazo maior para pagar pacote de ajuda
Diretor do FMI afirmou que a instituição está preparada para dar ao país mais tempo para pagar o empréstimo
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.
O ministro das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, disse que estão sendo realizadas discussões para ampliar o prazo para pagamento do pacote de 110 bilhões de euros aprovado pelo FMI e União Europeia para o país. "Estamos atualmente discutindo uma prorrogação dos prazos de pagamento do pacote, mas nenhuma decisão foi tomada ainda, e isso não tem qualquer relação com uma reestruturação da dívida", disse em entrevista para a emissora de televisão Skai.
Em maio, a endividada Grécia concordou com medidas de austeridade severas, reformas e privatizações, em troca de que o pacote de ajuda fosse aprovado pelo FMI e a UE.
No domingo, Lorenzo Bini Smaghi, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), disse que "é um procedimento padrão que o FMI transforme um programa de empréstimo de curto prazo em um programa de longo prazo" quando o primeiro programa está caminhando dentro do previsto.
Segundo a agência Bloomberg, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, afirmou que a instituição está preparada para dar à Grécia mais tempo para pagar o empréstimo que recebeu, se os países europeus fizerem a mesma coisa antes.
Papaconstantinou já tinha admitido em uma entrevista à Dow Jones que a Grécia vai enfrentar um grande "acumulo de refinanciamento" quando começarem os pagamentos para o FMI e a UE, por volta de 2014 ou 2015. Nessa etapa, o valor anual do pagamento da dívida vai passar de 40 bilhões de euros para 70 bilhões de euros.
Uma potencial resolução bem sucedida desta questão teve impacto nos mercados hoje, já que diminuiria os riscos de reestruturação dos títulos da Grécia. Isso levou a uma forte queda nos prêmios de risco dos bônus do país e também dos preços dos swaps de default de crédito (CDS), que são um seguro contra um possível default. As informações são da Dow Jones.
Leia mais sobre Grécia
Acompanhe as notícias de Economia no Twitter