Governo japonês e TEPCO ignoraram risco de acidente nuclear
Perigo vinculado à energia nuclear tornou possível o acidente na central de Fukushima, em março de 2011
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2012 às 09h26.
Tóquio - As autoridades japonesas e da companhia de eletricidade TEPCO ignoraram o perigo vinculado à energia nuclear , o que tornou possível o acidente na central de Fukushima em março de 2011, afirmou nesta segunda-feira o relatório final do executivo sobre a catástrofe.
"O problema principal se deve ao fato de que as companhias de eletricidade, incluindo a TEPCO, e o governo, não viram a realidade do perigo, porque acreditavam no mito da segurança nuclear, segundo o qual um acidente grave não pode ocorrer em nosso país", explicaram os membros de uma comissão de investigação nomeada pelo governo.
Os autores, entre os quais há engenheiros, cientistas e juristas, entregaram um volume de 450 páginas depois de entrevistas com 772 pessoas envolvidas no acidente ou depois, incluindo o primeiro-ministro no momento da catástrofe, Naoto Kan.
O acidente de Fukushima, o pior do setor depois do ocorrido em Chernobyl (Ucrânia) em 1986, provocou grandes emissões radioativas no ar, nas águas e nos solos da região da central nuclear, situada 220 km a nordeste de Tóquio. Cerca de 100 mil pessoas precisaram sair de suas casas devido aos riscos para a saúde.
Tóquio - As autoridades japonesas e da companhia de eletricidade TEPCO ignoraram o perigo vinculado à energia nuclear , o que tornou possível o acidente na central de Fukushima em março de 2011, afirmou nesta segunda-feira o relatório final do executivo sobre a catástrofe.
"O problema principal se deve ao fato de que as companhias de eletricidade, incluindo a TEPCO, e o governo, não viram a realidade do perigo, porque acreditavam no mito da segurança nuclear, segundo o qual um acidente grave não pode ocorrer em nosso país", explicaram os membros de uma comissão de investigação nomeada pelo governo.
Os autores, entre os quais há engenheiros, cientistas e juristas, entregaram um volume de 450 páginas depois de entrevistas com 772 pessoas envolvidas no acidente ou depois, incluindo o primeiro-ministro no momento da catástrofe, Naoto Kan.
O acidente de Fukushima, o pior do setor depois do ocorrido em Chernobyl (Ucrânia) em 1986, provocou grandes emissões radioativas no ar, nas águas e nos solos da região da central nuclear, situada 220 km a nordeste de Tóquio. Cerca de 100 mil pessoas precisaram sair de suas casas devido aos riscos para a saúde.