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Governo japonês aprova ajuda de US$ 11,5 bilhões para Tepco

Financiamento será usado para pagar compensações aos desabrigados do acidente na usina nuclear de Fukushima

A concessão da verba acontece depois que a Tepco aceitou reduzir em US$ 32 bilhões suas despesas nos próximos dez anos (AFP)

A concessão da verba acontece depois que a Tepco aceitou reduzir em US$ 32 bilhões suas despesas nos próximos dez anos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 20h01.

Tóquio - O governo do Japão aprovou nesta sexta-feira o plano para que a Tokyo Electric Power Company (Tepco) receba um auxílio de 900 bilhões de ienes (US$ 11,5 bilhões) para pagar compensações aos desabrigados do acidente na usina nuclear de Fukushima.

Esta ajuda, que a Tepco receberá em forma de bônus governamentais sem juros, se compõe de fundos públicos e de contribuições das outras companhias elétricas regionais que operam usinas nucleares no país, informou a agência 'Kyodo'.

Com a aprovação deste primeiro lance de ajuda, a empresa poderá fazer frente até março de 2012 às indenizações para os desabrigados pelo desastre em sua usina atômica de Fukushima Daiichi.

A empresa receberá o montante através de uma entidade mista, denominada Fundo de Responsabilidade Civil por Danos Nucleares, que foi criada em setembro especificamente por decisão do Executivo japonês para canalizar a assistência.

A concessão da verba acontece depois que a Tepco aceitou reduzir em 2,5 trilhões de ienes (US$ 32 bilhões) suas despesas nos próximos dez anos, tal qual sugeriu uma comissão do Governo.

Após a aprovação do plano do Governo, que gerou críticas no Japão por salvar um grupo privado com dinheiro do contribuinte, a empresa deu sinal verde para apresentar nesta sexta-feira seus resultados entre abril e setembro, primeiro semestre do ano fiscal japonês, que se encerra em março de 2012.

O acidente nuclear na usina nuclear de Fukushima, atingida pelo terremoto e o tsunami de 11 de março, é o pior no mundo em 25 anos e forçou a evacuação de mais de 80 mil pessoas que viviam ao redor da central, além de afetar a pesca, a agricultura e a pecuária locais.

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