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Governo evita fazer projeção sobre novo balanço da Copa

Ministério do Esporte indicou que avanço das obras pode não apresentar melhora significativa no próximo balanço, a ser divulgado em outubro

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, era esperado para participar do evento, mas um problema no avião que o traria ao Rio de Janeiro o reteve em Brasília (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2012 às 22h30.

Brasília - Depois do anúncio, na última quarta-feira, de que apenas 5% das obras da Matriz de Responsabilidade para a Copa do Mundo de 2014 estavam prontas, o Ministério do Esporte indicou que esse número pode não apresentar melhora significativa no próximo balanço, a ser divulgado em outubro. Durante seminário sobre mobilidade urbana no Rio de Janeiro, o secretário executivo da pasta, Luis Fernandes, disse que novas obras serão incluídas na Matriz, o que torna impossível estabelecer uma meta (porcentagem) a ser atingida até lá.

"A Matriz vai ser ampliada. Entramos agora em um outro ciclo de preparação, com as obras de infraestrutura de serviços, que englobam energia, segurança, turismo, saúde e telecomunicações", adiantou Fernandes, que também integra o comitê executivo do Comitê Organizador Local (COL). "O próximo balanço servirá de base para uma avaliação mais ampla do andamento da Matriz de Responsabilidade".

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, era esperado para participar do evento, mas um problema no avião que o traria ao Rio de Janeiro o reteve em Brasília. Coube a Fernandes reforçar mais uma vez que não há atraso na preparação do Brasil para o Mundial. O secretário, na realidade, tratou os números como uma comprovação do bom andamento dos trabalhos. "A imprensa tem uma agenda negativa porque falar mal dá mais repercussão", disse. "A manchete deveria ser que 100% das obras que estavam previstas para o 1.º semestre de 2012 estão prontas".


O representante do Ministério do Esporte reiterou "plena confiança que as obras essenciais para a Copa estarão prontas. Estamos dentro do cronograma". Fernandes classificou como obras essenciais aquelas que estão listadas na Matriz de Responsabilidade, atualmente com 101 obras relacionadas. Mas ressalvou que existem gradações de essencialidade e que uma ou outra intervenção pode ficar para depois do Mundial.

"Os aeroportos, por exemplo. O que nós incluímos na Matriz é a parte do plano que precisa estar pronta até a Copa, mas existem planos que vão para além até da Olimpíada, para daqui a 15 anos. Pode ter uma parte que vai maturar para além da Copa do Mundo", destacou Fernandes.

O secretário demonstrou convicção de que todos os estádios serão entregues nos prazos estabelecidos e de que a Copa das Confederações vai ser realizada com as seis sedes inicialmente previstas, mesmo com o adiamento por parte da Fifa do anúncio do calendário da competição para novembro, na esperança de que as arenas de Recife e Salvador mostrem considerável avanço.

Fernandes foi diplomático ao comentar uma declaração do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de que ele era um "carteiro" a levar informações entre o governo e o COL. "Carteiro é uma profissão muito nobre. Não me sinto menosprezado por essa declaração, que ainda não ouvi. Minha função é facilitar a comunicação entre o Ministério, o COL e a Fifa, agilizar os processos".

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Brasília - Depois do anúncio, na última quarta-feira, de que apenas 5% das obras da Matriz de Responsabilidade para a Copa do Mundo de 2014 estavam prontas, o Ministério do Esporte indicou que esse número pode não apresentar melhora significativa no próximo balanço, a ser divulgado em outubro. Durante seminário sobre mobilidade urbana no Rio de Janeiro, o secretário executivo da pasta, Luis Fernandes, disse que novas obras serão incluídas na Matriz, o que torna impossível estabelecer uma meta (porcentagem) a ser atingida até lá.

"A Matriz vai ser ampliada. Entramos agora em um outro ciclo de preparação, com as obras de infraestrutura de serviços, que englobam energia, segurança, turismo, saúde e telecomunicações", adiantou Fernandes, que também integra o comitê executivo do Comitê Organizador Local (COL). "O próximo balanço servirá de base para uma avaliação mais ampla do andamento da Matriz de Responsabilidade".

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, era esperado para participar do evento, mas um problema no avião que o traria ao Rio de Janeiro o reteve em Brasília. Coube a Fernandes reforçar mais uma vez que não há atraso na preparação do Brasil para o Mundial. O secretário, na realidade, tratou os números como uma comprovação do bom andamento dos trabalhos. "A imprensa tem uma agenda negativa porque falar mal dá mais repercussão", disse. "A manchete deveria ser que 100% das obras que estavam previstas para o 1.º semestre de 2012 estão prontas".


O representante do Ministério do Esporte reiterou "plena confiança que as obras essenciais para a Copa estarão prontas. Estamos dentro do cronograma". Fernandes classificou como obras essenciais aquelas que estão listadas na Matriz de Responsabilidade, atualmente com 101 obras relacionadas. Mas ressalvou que existem gradações de essencialidade e que uma ou outra intervenção pode ficar para depois do Mundial.

"Os aeroportos, por exemplo. O que nós incluímos na Matriz é a parte do plano que precisa estar pronta até a Copa, mas existem planos que vão para além até da Olimpíada, para daqui a 15 anos. Pode ter uma parte que vai maturar para além da Copa do Mundo", destacou Fernandes.

O secretário demonstrou convicção de que todos os estádios serão entregues nos prazos estabelecidos e de que a Copa das Confederações vai ser realizada com as seis sedes inicialmente previstas, mesmo com o adiamento por parte da Fifa do anúncio do calendário da competição para novembro, na esperança de que as arenas de Recife e Salvador mostrem considerável avanço.

Fernandes foi diplomático ao comentar uma declaração do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de que ele era um "carteiro" a levar informações entre o governo e o COL. "Carteiro é uma profissão muito nobre. Não me sinto menosprezado por essa declaração, que ainda não ouvi. Minha função é facilitar a comunicação entre o Ministério, o COL e a Fifa, agilizar os processos".

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