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Governo egípcio atrasa adoção de medidas contra Irmandade

Executivo aguardará que Conselho de Estado, o principal órgão judicial administrativo, se pronuncie sobre outras denúncias que pedem a dissolução da confraria

Membros da Irmandade Mulçumana: Irmandade anunciou ontem que recorrerá da decisão, por considerá-la "politizada", além de um "ataque à democracia" (Louafi Larbi/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 17h47.

Cairo - O governo do Egito decidiu nesta terça-feira atrasar a adoção de qualquer medida que diga respeito à sentença de ontem que proíbe as atividades da Irmandade Muçulmana , a fim de esperar a decisão judicial definitiva sobre o caso.

Segundo um comunicado, o Executivo aguardará que o Conselho de Estado, o principal órgão judicial administrativo, se pronuncie sobre outras denúncias que pedem a dissolução da confraria.

A Irmandade anunciou ontem que recorrerá da decisão, por considerá-la "politizada", além de um "ataque à democracia".

Durante a reunião governamental de hoje, o ministro de Solidariedade Social do Egito, Ahmed el Boraei, apresentou um projeto de resolução para dissolver a associação da Irmandade Muçulmana, que ficará estacionado por enquanto.

A decisão de ontem estipula "a proibição das atividades da Irmandade Muçulmana no Egito, assim como de sua ONG e qualquer grupo que derive deles e seja financiado por eles".

Esta sentença também afeta as entidades que recebem ajuda financeira de qualquer membro da Irmandade, e ordena o congelamento de seus fundos e propriedades.

Este grupo ultraconservador de grande influência na região está habituado a agir na clandestinidade e teve uma série de encontros e desencontros com o poder desde que Hassan el Bana a fundou em 1928.

A Irmandade foi ilegalizada em 1954 por Gamal Abdel Nasser, uma situação que se manteve durante o regime de Hosni Mubarak (1981-2011), quando o partido era "semi-tolerado".

Em 2005, o grupo chegou a ter 88 cadeiras no Parlamento, mas com candidatos que concorreram de maneira independente.

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A Irmandade anunciou ontem que recorrerá da decisão, por considerá-la "politizada", além de um "ataque à democracia".

Durante a reunião governamental de hoje, o ministro de Solidariedade Social do Egito, Ahmed el Boraei, apresentou um projeto de resolução para dissolver a associação da Irmandade Muçulmana, que ficará estacionado por enquanto.

A decisão de ontem estipula "a proibição das atividades da Irmandade Muçulmana no Egito, assim como de sua ONG e qualquer grupo que derive deles e seja financiado por eles".

Esta sentença também afeta as entidades que recebem ajuda financeira de qualquer membro da Irmandade, e ordena o congelamento de seus fundos e propriedades.

Este grupo ultraconservador de grande influência na região está habituado a agir na clandestinidade e teve uma série de encontros e desencontros com o poder desde que Hassan el Bana a fundou em 1928.

A Irmandade foi ilegalizada em 1954 por Gamal Abdel Nasser, uma situação que se manteve durante o regime de Hosni Mubarak (1981-2011), quando o partido era "semi-tolerado".

Em 2005, o grupo chegou a ter 88 cadeiras no Parlamento, mas com candidatos que concorreram de maneira independente.

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