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Governo e rebeldes do Iêmen aceitam negociações de paz

As duas partes concordaram em se reunir em Genebra, no dia 14 de junho, para discutirem termos de paz

Bombardeio da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra rebeldes huthi na cidade iemenita de Sanaa (AFP/ Mohammed Huwais)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 16h10.

Saana - O governo iemenita no exílio e a rebelião xiita dos huthis, que protagonizam uma guerra no Iêmen , aceitaram nesta sexta-feira participar de negociações de paz em Genebra sob a mediação da ONU .

As negociações, que foram anunciadas provisoriamente para 14 de junho, têm como objetivo aplicar um cessar-fogo, aumentar a ajuda humanitária e apresentar um plano para a retirada dos rebeldes dos territórios que conquistaram desde o início de sua ofensiva, no ano passado.

Os rebeldes huthis aceitaram participar das negociações de paz depois que o governo iemenita exilado em Riad concordou em comparecer ao encontro.

"Aceitamos o convite da ONU para ir à mesa de diálogo em Genebra sem pré-condições", disse Daifalá al-Shami, membro do gabinete político do movimento Ansarullah, ao qual os huthis dizem pertencer.

Os rebeldes exigiam até agora o fim dos bombardeios que uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita iniciou no dia 26 de março para restabelecer a autoridade de Hadi, exilado em Riad.

Já o governo colocava como pré-condição a aplicação da resolução 2216 do Conselho de Segurança da ONU, que prevê a retirada dos huthis das zonas conquistadas.

Esta exigência havia levado ao adiamento das negociações, inicialmente previstas para o dia 28 de maio.

Hadi planejava reunir nesta sexta-feira seus ministros em Riad para "debater a composição de sua delegação nas negociações", declarou uma fonte governamental à AFP.

Segundo esta fonte, Abdel Karim al-Ariani, um funcionário do Congresso Popular Geral (CPG), o partido do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, "participará da delegação governamental como conselheiro político de Hadi".

Militares leais a Saleh se uniram aos rebeldes xiitas para combater os partidários de Hadi.

- Novos combates no sul -

O Iêmen é palco de ações violentas desde que os huthis, apoiados pelo Irã, entraram em setembro na capital, Sanaa, e avançaram em direção a Áden (sul) em sua luta contra as forças leais ao presidente Abd Rabo Mansur Hadi, que se viu obrigado a fugir em março à Arábia Saudita.

No sul do país, ao menos 21 pessoas, incluindo 10 combatentes pró-Hadi, nove rebeldes e dois civis, morreram nos violentos combates que ocorrem desde quinta-feira nos bairros do norte, leste e oeste de Áden, segundo fontes médicas e militares.

No entanto, a coalizão árabe realizou intensos combates nas províncias de Dhaleh e Chabwa.

A aviação bombardeou 10 vezes Ataq, a capital de Chabwa, onde um general reformado, Nasser al-Tahiri, morreu em um ataque dos huthis contra sua casa em Baihan, segundo uma fonte militar.

A Arábia Saudita, de maioria sunita, justificou sua intervenção no Iêmen por sua vontade de deter a influência do Irã, seu grande rival xiita, na região, embora Teerã negue armar os rebeldes huthis.

O conflito já deixou quase 2.000 mortos e obrigou mais de 545.000 pessoas a abandonar seus lares, segundo a ONU.

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Saana - O governo iemenita no exílio e a rebelião xiita dos huthis, que protagonizam uma guerra no Iêmen , aceitaram nesta sexta-feira participar de negociações de paz em Genebra sob a mediação da ONU .

As negociações, que foram anunciadas provisoriamente para 14 de junho, têm como objetivo aplicar um cessar-fogo, aumentar a ajuda humanitária e apresentar um plano para a retirada dos rebeldes dos territórios que conquistaram desde o início de sua ofensiva, no ano passado.

Os rebeldes huthis aceitaram participar das negociações de paz depois que o governo iemenita exilado em Riad concordou em comparecer ao encontro.

"Aceitamos o convite da ONU para ir à mesa de diálogo em Genebra sem pré-condições", disse Daifalá al-Shami, membro do gabinete político do movimento Ansarullah, ao qual os huthis dizem pertencer.

Os rebeldes exigiam até agora o fim dos bombardeios que uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita iniciou no dia 26 de março para restabelecer a autoridade de Hadi, exilado em Riad.

Já o governo colocava como pré-condição a aplicação da resolução 2216 do Conselho de Segurança da ONU, que prevê a retirada dos huthis das zonas conquistadas.

Esta exigência havia levado ao adiamento das negociações, inicialmente previstas para o dia 28 de maio.

Hadi planejava reunir nesta sexta-feira seus ministros em Riad para "debater a composição de sua delegação nas negociações", declarou uma fonte governamental à AFP.

Segundo esta fonte, Abdel Karim al-Ariani, um funcionário do Congresso Popular Geral (CPG), o partido do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, "participará da delegação governamental como conselheiro político de Hadi".

Militares leais a Saleh se uniram aos rebeldes xiitas para combater os partidários de Hadi.

- Novos combates no sul -

O Iêmen é palco de ações violentas desde que os huthis, apoiados pelo Irã, entraram em setembro na capital, Sanaa, e avançaram em direção a Áden (sul) em sua luta contra as forças leais ao presidente Abd Rabo Mansur Hadi, que se viu obrigado a fugir em março à Arábia Saudita.

No sul do país, ao menos 21 pessoas, incluindo 10 combatentes pró-Hadi, nove rebeldes e dois civis, morreram nos violentos combates que ocorrem desde quinta-feira nos bairros do norte, leste e oeste de Áden, segundo fontes médicas e militares.

No entanto, a coalizão árabe realizou intensos combates nas províncias de Dhaleh e Chabwa.

A aviação bombardeou 10 vezes Ataq, a capital de Chabwa, onde um general reformado, Nasser al-Tahiri, morreu em um ataque dos huthis contra sua casa em Baihan, segundo uma fonte militar.

A Arábia Saudita, de maioria sunita, justificou sua intervenção no Iêmen por sua vontade de deter a influência do Irã, seu grande rival xiita, na região, embora Teerã negue armar os rebeldes huthis.

O conflito já deixou quase 2.000 mortos e obrigou mais de 545.000 pessoas a abandonar seus lares, segundo a ONU.

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