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Governo de Milei oficializa nomeação de Werthein como novo chanceler da Argentina

O então embaixador argentino em Washington assume o lugar de Diana Mondino após votação na Assembleia da ONU pelo embargo dos EUA a Cuba

Fotografia de arquivo datada de 9 de dezembro de 2023 do presidente da Argentina, Javier Milei (r), junto com Gerardo Werthein, de uma varanda do Palácio San Martín, na sede da Chancelaria Argentina, em Buenos Aires (Argentina). Milei decidiu esta quarta-feira substituir a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, após o voto argentino a favor de Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas. “O novo chanceler da República Argentina é o senhor Gerardo Werthein”, anunciou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, através da rede social X (Matías Campaya/EFE)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 1 de novembro de 2024 às 11h25.

Última atualização em 1 de novembro de 2024 às 11h27.

O governo da Argentina oficializou nesta sexta-feira, 1°, a nomeação de Gerardo Werthein, atual embaixador nos Estados Unidos, como novo ministro das Relações Exteriores, substituindo Diana Mondino.

Por meio de um decreto assinado pelo presidente Javier Milei e publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial, Werthein foi nomeado para o cargo de ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto.

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Werthein, veterinário de profissão e empresário proeminente, presidente do Comitê Olímpico Argentino entre 2009 e 2021 e ex-membro do Comitê Olímpico Internacional, é um homem próximo a Milei e, desde abril, atua como embaixador nos Estados Unidos.

Em outro decreto também publicado nesta sexta-feira, Milei aceitou a renúncia de Mondino.

A saída de Mondino do Ministério das Relações Exteriores ocorreu na última quarta-feira, após uma onda de rumores de que tal movimento era iminente devido ao voto da Argentina naquele mesmo dia naAssembleia Geral da ONU.

Na ocasião, o país sul-americano se juntou a 186 outros Estados para formar uma maioria esmagadora que aprovou uma resolução não vinculativa contra as sanções dos Estados Unidos contra Cuba, que estão em vigor há 62 anos e causaram um duro golpe na economia da ilha.

Estados Unidos e Israel foram os dois únicos países que rejeitaram a resolução da ONU.

Milei definiu Estados Unidos e Israel como aliados de seu governo na política internacional e expressou repetidamente sua enfática rejeição a governos de esquerda.

Após a saída de Mondino, o governo emitiu uma declaração na quarta-feira na qual reiterou que a Argentina “se opõe categoricamente à ditadura cubana”.

O governo de Milei também advertiu que “iniciará uma auditoria da equipe de carreira do Ministério das Relações Exteriores, com o objetivo de identificar aqueles que promovem agendas antiliberdade”, o que causou grande desconforto entre o corpo diplomático argentino.

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