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Governo britânico revisará legislação sobre uso medicinal da maconha

O Reino Unido pretende revisar a lei sobre o uso medicinal de maconha, depois que uma criança teve seu medicamento confiscado e seu estado de saúde piorou

O uso de maconha medicinal já é permitido no Canadá, Israel, Peru e Uruguai (Mario Anzuoni/Reuters)
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EFE

Publicado em 18 de junho de 2018 às 09h48.

Londres - O Governo britânico revisará a legislação sobre o consumo de cannabis para fins medicinais, após a polêmica suscitada no país pela hospitalização de uma criança epilética depois que sua medicação foi confiscadas à base de óleo de maconha .

Segundo confirmou nesta segunda-feira o ministro de Saúde do Reino Unido, Jeremy Hunt, em entrevista à emissora pública "BBC", o ministro do Interior, Sajid Javid, quer retocar a lei "tão rápido o quanto puder" para que casos como o do menino Billy Caldwell não voltem a acontecer.

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Caldwell teve que ser internado na semana passada em Londres depois que as autoridades confiscaram seu medicamento para combater epilepsia à base de óleo de cannabis, adquirido no Canadá, no aeroporto de Heathrow.

Segundo a legislação britânica, o uso de cannabis só é permitido para pesquisa ou testes clínicos sob autorização do Ministério do Interior.

A saúde do menor começou a piorar depois de as autoridades confiscarem seu remédio até que, finalmente, o responsável de Interior cedeu aos apelos da mãe do menino, Charlotte Caldwell, e no sábado acordou que fossem devolvidos.

Em comunicado, Javid manifestou que tratava-se de uma situação "extremamente complexa", mas que sua "principal prioridade" era assegurar que "Billy recebe o tratamento mais efetivo de forma segura".

O político afirmou ter adotado a decisão assessorada pela equipe médica do Hospital Chelsea e Westminster de Londres que atendia a criança e que manifestou que tratava-se de uma "emergência médica".

"Não acredito que ninguém que tenha seguido esta história possa dizer que temos a lei adequada para regular isto", afirmou hoje o ministro de Saúde, ao mesmo tempo que defendeu a gestão de seu colega de Interior.

"Acredito que seja injusto dizer que não atuou rápido. Devolveu o óleo à criança", afirmou.

O processo de revisão do uso terapêutico de cannabis ajudará não só reformar a lei, explicou Hunt, mas também que "não existam consequências indesejadas".

O uso de cannabis para fins medicinais já é permitido em países como Canadá, Israel, Peru e Uruguai.

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