Governo argentino volta a crer em suicídio de Nisman
"A primeira hipótese com a qual contamos é o suicídio", disse hoje o secretário-geral da presidência, Aníbal Fernández
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 15h25.
Buenos Aires - O governo argentino voltou a defender nesta terça-feira sua tese inicial de que a morte do promotor Alberto Nisman foi suicídio, hipótese que tinha abandonado depois de a própria presidente Cristina Kirchner colocar em dúvida que ele teria tirado a própria vida.
"A primeira hipótese com a qual contamos é o suicídio", disse hoje o secretário-geral da presidência, Aníbal Fernández, que assegurou ainda que a denúncia de Nisman contra a presidente e outros funcionários por acobertamento de terroristas foi algo a que o promotor foi induzido.
Nisman, que investigava o atentado contra a associação mutual israelita Amia, que em 1994 matou 85 mortos em Buenos Aires, foi encontrado morto em sua casa com um disparo na cabeça em 18 de janeiro, quatro dias após ter apresentado a denúncia contra Cristina e outros funcionários do governo.
"Fizeram o promotor assinar um bodoque (coisa mal feita)", disse hoje Aníbal Fernández em referência à denúncia.
"É muito difícil crer que um homem que conhece o Direito não se desse conta que seria objeto de críticas de seus próprios colegas", acrescentou.
Fernández ainda insistiu na versão defendida pelo governo segundo a qual o promotor era dirigido em suas investigações pelo ex-chefe de operações da Secretaria de Inteligência Antonio "Jaime" Stiuso, que foi deslocado pelo governo no final de 2014 e apontado como o instigador de uma manobra contra o Executivo que incluiria a morte de Nisman.
"O que nos damos conta nestas coisas quando se trabalha com alguém é sobre quem é comandante e quem é comandado; eu sentia que o comandante era Stiuso e o comandado era o doutor Nisman", afirmou Fernández.
Quanto à causa da morte de Nisman, Fernández declarou que a promotora a cargo da investigação, Viviana Fein, disse "até agora o projétil, a bainha e a pistola encontrados no banheiro são a mesma coisa".
"Também nos disse que não há indicação que o promotor tenha se defendido ou tenha sido atacado e nem que o corpo foi arrastado, por isso tenho que sustentar que a primeira hipótese com a qual contamos é o suicídio", insistiu.
As circunstâncias da morte de Nisman ainda não foram esclarecidas apesar da investigação, infestada de confusões e contradições.
O promotor morreu com um disparo na cabeça realizado a não mais de um centímetro de distância com a arma achada ao lado do corpo.
A Justiça argentina informou hoje da descoberta de um DNA diferente do promotor em sua casa e ordenou a realização de um teste com amostra genética de uma pessoa cuja identidade está sendo mantida em sigilo.
Fontes judiciais consultadas pela imprensa locais disseram que a pessoa citada é Diego Lagomarsino, o técnico em informática que trabalhava com o promotor e que emprestou a arma que acabou com sua vida.
Lagomarsino, único acusado até agora, disse que visitou Nisman em sua casa duas vezes na véspera da morte, e que o promotor teria pedido a ele uma arma para se proteger, e que ele a emprestou.
Buenos Aires - O governo argentino voltou a defender nesta terça-feira sua tese inicial de que a morte do promotor Alberto Nisman foi suicídio, hipótese que tinha abandonado depois de a própria presidente Cristina Kirchner colocar em dúvida que ele teria tirado a própria vida.
"A primeira hipótese com a qual contamos é o suicídio", disse hoje o secretário-geral da presidência, Aníbal Fernández, que assegurou ainda que a denúncia de Nisman contra a presidente e outros funcionários por acobertamento de terroristas foi algo a que o promotor foi induzido.
Nisman, que investigava o atentado contra a associação mutual israelita Amia, que em 1994 matou 85 mortos em Buenos Aires, foi encontrado morto em sua casa com um disparo na cabeça em 18 de janeiro, quatro dias após ter apresentado a denúncia contra Cristina e outros funcionários do governo.
"Fizeram o promotor assinar um bodoque (coisa mal feita)", disse hoje Aníbal Fernández em referência à denúncia.
"É muito difícil crer que um homem que conhece o Direito não se desse conta que seria objeto de críticas de seus próprios colegas", acrescentou.
Fernández ainda insistiu na versão defendida pelo governo segundo a qual o promotor era dirigido em suas investigações pelo ex-chefe de operações da Secretaria de Inteligência Antonio "Jaime" Stiuso, que foi deslocado pelo governo no final de 2014 e apontado como o instigador de uma manobra contra o Executivo que incluiria a morte de Nisman.
"O que nos damos conta nestas coisas quando se trabalha com alguém é sobre quem é comandante e quem é comandado; eu sentia que o comandante era Stiuso e o comandado era o doutor Nisman", afirmou Fernández.
Quanto à causa da morte de Nisman, Fernández declarou que a promotora a cargo da investigação, Viviana Fein, disse "até agora o projétil, a bainha e a pistola encontrados no banheiro são a mesma coisa".
"Também nos disse que não há indicação que o promotor tenha se defendido ou tenha sido atacado e nem que o corpo foi arrastado, por isso tenho que sustentar que a primeira hipótese com a qual contamos é o suicídio", insistiu.
As circunstâncias da morte de Nisman ainda não foram esclarecidas apesar da investigação, infestada de confusões e contradições.
O promotor morreu com um disparo na cabeça realizado a não mais de um centímetro de distância com a arma achada ao lado do corpo.
A Justiça argentina informou hoje da descoberta de um DNA diferente do promotor em sua casa e ordenou a realização de um teste com amostra genética de uma pessoa cuja identidade está sendo mantida em sigilo.
Fontes judiciais consultadas pela imprensa locais disseram que a pessoa citada é Diego Lagomarsino, o técnico em informática que trabalhava com o promotor e que emprestou a arma que acabou com sua vida.
Lagomarsino, único acusado até agora, disse que visitou Nisman em sua casa duas vezes na véspera da morte, e que o promotor teria pedido a ele uma arma para se proteger, e que ele a emprestou.