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Governador cobra renúncia de chefe do FBI por falha

O diretor reconheceu que em janeiro o FBI recebeu uma informação sobre o comportamento agressivo de Nikolas Cruz, autor confesso do massacre

Christopher Wray: Dezessete pessoas inocentes estão mortas e reconhecer um erro não será o suficiente", disse o governador (Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 21h41.

Miami - O governador da Flórida , Rick Scott, cobrou nesta sexta-feira a renúncia do diretor do FBI (polícia federal dos EUA), Christopher Wray, porque a corporação não investigou uma pista que pode ter alertado sobre o massacre de 17 pessoas em uma escola do estado.

"É inaceitável", disse Scott, após Wray reconhecer que em janeiro o FBI recebeu uma informação sobre o comportamento agressivo de Nikolas Cruz, autor confesso do massacre, mas que os protocolos não foram seguidos e, portanto, não houve uma investigação profunda.

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Cruz, de 19 anos, atirou indiscriminadamente na escola de ensino médio de Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na quarta-feira com uma arma semiautomática e matou 17 pessoas.

"Dezessete pessoas inocentes estão mortas e reconhecer um erro não será o suficiente. Uma desculpa nunca devolverá a vida a estas 17 pessoas e nem consolará as famílias que sofrem. As famílias passarão uma vida perguntando-se como pôde acontecer isso e uma desculpa nunca dará as respostas que elas necessitam desesperadamente", declarou o governador Scott em comunicado.

O FBI, por razões não divulgadas, não seguiu os protocolos oportunos nestes casos e não averiguou esse aviso. Segundo Wray, em 5 de janeiro uma pessoa próxima a Cruz alertou a corporação que o jovem poderia realizar um tiroteio em uma escola já que possuía armas, tinha expressado o desejo de matar pessoas, tinha um "comportamento errático" e fazia publicações "inquietantes" nas redes sociais.

"O diretor do FBI tem de renunciar. Promovemos constantemente que 'se viu algo, diga algo', e uma pessoa valente fez exatamente isso perante o FBI. E o FBI não atuou", se lamentou Scott.

Cruz foi acusado de 17 assassinatos premeditados e se encontra preso à espera de julgamento.

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