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Golfo: ninguém quer a guerra, mas todos se preparam

Países da região compram armas com medo de conflito entre EUA e Irã

Oficiais da Marinha iraniana participam nos exercícios de guerra no Estreito de Ormuz (Ebrahim Noroozi/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2012 às 12h24.

São Paulo - Os países árabes do Golfo continuam inquietos com relação à tensão crescente entre Irã e Estados Unidos e estão comprando armas para não ficarem desprevenidos ante um eventual conflito, segundo analistas.

"Nenhum país árabe do Golfo quer a guerra, mas todos se preparam para ele. É o que está acontecendo atualmente na região", afirma Riad Kahwaji, um especialista em questões militares de Dubai.

Os países petroleiros do Golfo estão inquietos pela tensão entre Washington e Teerã após as ameaças iranianas de fechar o estreito de Ormuz, onde transita 35% de todo o petróleo transportado por mar no mundo.

Segundo Kahwaji, diretor do INEGMA (Instituto de Análise Militar do Oriente Próximo e o Golfo), esses países podem ser de fato arrastados a uma guerra.

O exército norte-americano está presente em quase todos os países árabes do Golfo. Segundo um recente estudo iraniano publicado pelo jornal árabe Al Hayat, os Guardiões da Revolução, o exército ideológico do regime de Teerã, já estão se preparando para responder a um eventual ataque americano.

"A contagem regressiva já começou no Golfo", diz o analista do Kuwait Sami al Faraj.

Para ele, no entanto, os países do Golfo serão os maiores perdedores, porque estão no alcance dos mísseis iranianos.


O primeiro-ministro do Catar, xeque Hamad bin Jassim al Jalifa, já expressou sua preocupação sobre as tensões no Golfo, que têm como pano de fundo o programa nuclear iraniano.

"Temos tido a experiência de conflitos militares, e sabemos que não há perdedores nem vencedores neste tipo de enfrentamentos, principalmente nos países que se encontram na periferia da zona de conflito", disse o xeque Hamad, cujas declarações foram reconhecidas pela agência do Kuwait Kuna.

"Por isso devemos encontrar outras maneiras de solucionar os problemas", disse Hamad, prevendo "uma participação dos países do Golfo em toda iniciativa destinada a acalmar a tensão entre o Irã e o Ocidente".

Para Riad Kahwaji e Sami al Faraj, a vulnerabilidade dos países árabes do Golfo vem da concentração nas costas de suas instalações petroleiras e industriais, ao alcance dos mísseis iranianos.

Por isso, segundo eles, a multiplicação das compras de armas, entre elas os pedidos recentes dos Emirados Árabes Unidos de um sistema de defesa antimísseis ao grupo americano Lockheed Martin, ou de jatos F-15 por parte da Arábia Saudita.

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São Paulo - Os países árabes do Golfo continuam inquietos com relação à tensão crescente entre Irã e Estados Unidos e estão comprando armas para não ficarem desprevenidos ante um eventual conflito, segundo analistas.

"Nenhum país árabe do Golfo quer a guerra, mas todos se preparam para ele. É o que está acontecendo atualmente na região", afirma Riad Kahwaji, um especialista em questões militares de Dubai.

Os países petroleiros do Golfo estão inquietos pela tensão entre Washington e Teerã após as ameaças iranianas de fechar o estreito de Ormuz, onde transita 35% de todo o petróleo transportado por mar no mundo.

Segundo Kahwaji, diretor do INEGMA (Instituto de Análise Militar do Oriente Próximo e o Golfo), esses países podem ser de fato arrastados a uma guerra.

O exército norte-americano está presente em quase todos os países árabes do Golfo. Segundo um recente estudo iraniano publicado pelo jornal árabe Al Hayat, os Guardiões da Revolução, o exército ideológico do regime de Teerã, já estão se preparando para responder a um eventual ataque americano.

"A contagem regressiva já começou no Golfo", diz o analista do Kuwait Sami al Faraj.

Para ele, no entanto, os países do Golfo serão os maiores perdedores, porque estão no alcance dos mísseis iranianos.


O primeiro-ministro do Catar, xeque Hamad bin Jassim al Jalifa, já expressou sua preocupação sobre as tensões no Golfo, que têm como pano de fundo o programa nuclear iraniano.

"Temos tido a experiência de conflitos militares, e sabemos que não há perdedores nem vencedores neste tipo de enfrentamentos, principalmente nos países que se encontram na periferia da zona de conflito", disse o xeque Hamad, cujas declarações foram reconhecidas pela agência do Kuwait Kuna.

"Por isso devemos encontrar outras maneiras de solucionar os problemas", disse Hamad, prevendo "uma participação dos países do Golfo em toda iniciativa destinada a acalmar a tensão entre o Irã e o Ocidente".

Para Riad Kahwaji e Sami al Faraj, a vulnerabilidade dos países árabes do Golfo vem da concentração nas costas de suas instalações petroleiras e industriais, ao alcance dos mísseis iranianos.

Por isso, segundo eles, a multiplicação das compras de armas, entre elas os pedidos recentes dos Emirados Árabes Unidos de um sistema de defesa antimísseis ao grupo americano Lockheed Martin, ou de jatos F-15 por parte da Arábia Saudita.

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