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''Ghandi russo'' encerra greve de fome depois de 40 dias

Shein, que perdeu 14 quilos desde o início da greve, no dia 16 de março, tomou decisão depois que as autoridades confirmaram que libertaria seus partidários detidos

Shein iniciou greve quase duas semanas depois da derrota nas eleições municipais pelo candidato do partido Rússia Unida, liderado por Vladimir Putin (Ralph Orlowski/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 19h12.

Moscou - Conhecido como ''Ghandi russo'', o opositor Oleg Shein anunciou que sua greve de fome, iniciada há 40 dias para denunciar a fraude governista nas eleições municipais da cidade de Astrakhan, chegou ao fim nesta terça-feira.

''A greve de fome terminou. Agora, estamos bebendo sucos. A princípio, por recomendação dos médicos, só tomaremos sucos e mingaus infantis'', anunciou Shein, candidato à Prefeitura de Astrakhan pelo partido social-democrata Rússia Justa.

Shein, que perdeu 14 quilos desde o início da greve, no dia 16 de março, explicou que tomou esta decisão depois que as autoridades confirmaram que libertaria todos os seus partidários detidos.

''Acabam de nos ligar dos tribunais. Foi libertado o último de nossos camaradas detidos'', disse Shein, citado pelas agências russas.

O opositor russo ainda se mostrou convencido de que os tribunais locais, que admitiram o trâmite de sua reivindicação de anular os resultados eleitorais e repetir o pleito municipal, vão dar razão a sua causa.

''A audiência acontece no dia 26. Nós estamos nos preparando ativamente. Temos o material de vídeo necessário para conseguir garantir a anulação dos resultados eleitorais'', assinalou o ''Ghandi russo''.

A legenda partidária Rússia Justa, por sua vez, qualificou a greve de fome de Shein como uma ''vitória moral'', já que o ativista conseguiu o que os grandes protestos antigovernamentais não conseguiram: que a Comissão Eleitoral e os tribunais atendessem as denúncias de fraude.


Shein decidiu iniciar sua greve de fome no dia 16 de março, quase duas semanas depois de ter sido derrotado nas eleições municipais pelo candidato do partido Rússia Unida, liderado pelo primeiro-ministro e presidente eleito, Vladimir Putin.

''Não tínhamos alternativa. Essa é a terceira vez que o partido governista Rússia Unida nos rouba nas eleições em Astrakhan. Fui obrigado a utilizar um meio de luta política mais radical e, por isso, deixei de comer'', assinalou Shein à Agência Efe.

O opositor assegurou que seu partido ''tem inúmeras provas de fraude, que também podem ser vistas por todos na internet'', onde postou trechos dos vídeos com gravações da votação nos colégios eleitorais de Astrakhan.

O presidente da Comissão Eleitoral Central, Vladimir Churov, admitiu algumas violações de procedimento, mas nega que tenha detectado irregularidades que apontem para uma suposta manipulação dos votos.

O governista Mikhail Stoliarov, adversário político de Shein, defende sua vitória eleitoral e nega todas as acusações de fraude, além de questionar a greve de fome realizada pelo ''Ghandi russo'', que, segundo Stoliarov, teve uma intensa atividade pública no mesmo período.

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Moscou - Conhecido como ''Ghandi russo'', o opositor Oleg Shein anunciou que sua greve de fome, iniciada há 40 dias para denunciar a fraude governista nas eleições municipais da cidade de Astrakhan, chegou ao fim nesta terça-feira.

''A greve de fome terminou. Agora, estamos bebendo sucos. A princípio, por recomendação dos médicos, só tomaremos sucos e mingaus infantis'', anunciou Shein, candidato à Prefeitura de Astrakhan pelo partido social-democrata Rússia Justa.

Shein, que perdeu 14 quilos desde o início da greve, no dia 16 de março, explicou que tomou esta decisão depois que as autoridades confirmaram que libertaria todos os seus partidários detidos.

''Acabam de nos ligar dos tribunais. Foi libertado o último de nossos camaradas detidos'', disse Shein, citado pelas agências russas.

O opositor russo ainda se mostrou convencido de que os tribunais locais, que admitiram o trâmite de sua reivindicação de anular os resultados eleitorais e repetir o pleito municipal, vão dar razão a sua causa.

''A audiência acontece no dia 26. Nós estamos nos preparando ativamente. Temos o material de vídeo necessário para conseguir garantir a anulação dos resultados eleitorais'', assinalou o ''Ghandi russo''.

A legenda partidária Rússia Justa, por sua vez, qualificou a greve de fome de Shein como uma ''vitória moral'', já que o ativista conseguiu o que os grandes protestos antigovernamentais não conseguiram: que a Comissão Eleitoral e os tribunais atendessem as denúncias de fraude.


Shein decidiu iniciar sua greve de fome no dia 16 de março, quase duas semanas depois de ter sido derrotado nas eleições municipais pelo candidato do partido Rússia Unida, liderado pelo primeiro-ministro e presidente eleito, Vladimir Putin.

''Não tínhamos alternativa. Essa é a terceira vez que o partido governista Rússia Unida nos rouba nas eleições em Astrakhan. Fui obrigado a utilizar um meio de luta política mais radical e, por isso, deixei de comer'', assinalou Shein à Agência Efe.

O opositor assegurou que seu partido ''tem inúmeras provas de fraude, que também podem ser vistas por todos na internet'', onde postou trechos dos vídeos com gravações da votação nos colégios eleitorais de Astrakhan.

O presidente da Comissão Eleitoral Central, Vladimir Churov, admitiu algumas violações de procedimento, mas nega que tenha detectado irregularidades que apontem para uma suposta manipulação dos votos.

O governista Mikhail Stoliarov, adversário político de Shein, defende sua vitória eleitoral e nega todas as acusações de fraude, além de questionar a greve de fome realizada pelo ''Ghandi russo'', que, segundo Stoliarov, teve uma intensa atividade pública no mesmo período.

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