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G20 acorda não impor metas rígidas de redução de dívida

Países do grupo disseram que atentarão para os efeitos negativos de imensos esforços de estímulo monetário, como o caso do Japão

G20: reuniões foram dominadas por discussões sobre a problemática zona do euro. (REUTERS/Yuri Gripas)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 16h26.

São Paulo - As autoridades financeiras do G20 , grupo que reúne as principais economias do mundo, disseram nesta sexta-feira que não precisam estabelecer metas rígidas para a redução dos níveis das dívidas nacionais, e disseram que atentarão para os efeitos negativos de imensos esforços de estímulo monetário, como o caso do Japão.

O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, disse em coletiva de imprensa que autoridades do G20 acreditam que redução do nível geral de dívida é mais importante do que dados específicos.

"Acertamos que esses serão parâmetros mais flexíveis, serão algum tipo de objetivos e metas estratégicas que possam ser alteradas ou ajustadas, dependendo das situações específicas nas economias nacionais", disse ele.

Em um comunicado divulgado após a reunião de dois dias, o G20 disse que estará "atento" a possíveis consequências de estímulos monetários de duração extensa. Bancos centrais têm inundado suas economias com recursos baratos para tentar impulsionar o crédito e o consumo, mas isso gerou temores sobre fluxos excessivos de capital, particularmente direcionados a nações emergentes.

Siluanov disse que o G20 acertou que é necessário intensificar o monitoramento das consequências do programa japonês de 1,4 trilhão de dólares anunciado mais cedo neste ano.

As reuniões do G20 foram dominadas por discussões sobre a problemática zona do euro, disse Siluanov, onde fortes medidas de austeridade fracassaram em afastar a região do torpor econômico. A natureza da discussão preocupou algumas autoridades de outros países.

"Deveria ser uma reunião do G20, mas por um momento achei que fosse uma reunião do G7. Tudo que ouvimos foi quão doente está a Europa e como muitos países do mundo foram bastante afetados por isso", disse o ministro das Finanças da Índia, P. Chidambaram, que falou no Peterson Institute em Washington.

"Eles têm uma política monetária muito acomodativa. Eles estão fazendo todo o necessário para salvar economias que parecem estar caindo uma após a outra."


Metas flexíveis para dívida

Houve certo desacordo sobre a necessidade de metas específicas para reduzir a dívida. Os Estados Unidos e o Japão não se comprometeram com um nível-alvo de dívida sobre Produto Interno Bruto (PIB). A Rússia --que preside o G20 neste ano-- esperava assegurar um acordo sobre metas até a próxima reunião do G20 em São Petersburgo em setembro.

As maiores economias do mundo estão repensando o ímpeto de austeridade, que foi dominante nos últimos anos. O argumento a favor de austeridade foi golpeado pela fraqueza das economias que implementaram medidas severas para reduzir os déficits fiscais, incluindo a Grã-Bretanha, que caminha para sua terceira recessão nos últimos cinco anos.

A Fitch reduziu o rating de crédito da Grã-Bretanha na sexta-feira para "AA+", citando expectativas de que a dívida geral do governo vai aumentar para 101 por cento do PIB até 2015-2016 devido a fraco crescimento econômico.

Siluanov também disse que é necessária maior coordenação com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para questões de liquidez global, com recomendações esperadas até julho.

Ministros do G20 solicitaram que o Comitê de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) supervisione o trabalho de reformulação das taxas de juros referenciais de curto prazo, como a Libor, após o escândalo de manipulação de taxas.

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São Paulo - As autoridades financeiras do G20 , grupo que reúne as principais economias do mundo, disseram nesta sexta-feira que não precisam estabelecer metas rígidas para a redução dos níveis das dívidas nacionais, e disseram que atentarão para os efeitos negativos de imensos esforços de estímulo monetário, como o caso do Japão.

O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, disse em coletiva de imprensa que autoridades do G20 acreditam que redução do nível geral de dívida é mais importante do que dados específicos.

"Acertamos que esses serão parâmetros mais flexíveis, serão algum tipo de objetivos e metas estratégicas que possam ser alteradas ou ajustadas, dependendo das situações específicas nas economias nacionais", disse ele.

Em um comunicado divulgado após a reunião de dois dias, o G20 disse que estará "atento" a possíveis consequências de estímulos monetários de duração extensa. Bancos centrais têm inundado suas economias com recursos baratos para tentar impulsionar o crédito e o consumo, mas isso gerou temores sobre fluxos excessivos de capital, particularmente direcionados a nações emergentes.

Siluanov disse que o G20 acertou que é necessário intensificar o monitoramento das consequências do programa japonês de 1,4 trilhão de dólares anunciado mais cedo neste ano.

As reuniões do G20 foram dominadas por discussões sobre a problemática zona do euro, disse Siluanov, onde fortes medidas de austeridade fracassaram em afastar a região do torpor econômico. A natureza da discussão preocupou algumas autoridades de outros países.

"Deveria ser uma reunião do G20, mas por um momento achei que fosse uma reunião do G7. Tudo que ouvimos foi quão doente está a Europa e como muitos países do mundo foram bastante afetados por isso", disse o ministro das Finanças da Índia, P. Chidambaram, que falou no Peterson Institute em Washington.

"Eles têm uma política monetária muito acomodativa. Eles estão fazendo todo o necessário para salvar economias que parecem estar caindo uma após a outra."


Metas flexíveis para dívida

Houve certo desacordo sobre a necessidade de metas específicas para reduzir a dívida. Os Estados Unidos e o Japão não se comprometeram com um nível-alvo de dívida sobre Produto Interno Bruto (PIB). A Rússia --que preside o G20 neste ano-- esperava assegurar um acordo sobre metas até a próxima reunião do G20 em São Petersburgo em setembro.

As maiores economias do mundo estão repensando o ímpeto de austeridade, que foi dominante nos últimos anos. O argumento a favor de austeridade foi golpeado pela fraqueza das economias que implementaram medidas severas para reduzir os déficits fiscais, incluindo a Grã-Bretanha, que caminha para sua terceira recessão nos últimos cinco anos.

A Fitch reduziu o rating de crédito da Grã-Bretanha na sexta-feira para "AA+", citando expectativas de que a dívida geral do governo vai aumentar para 101 por cento do PIB até 2015-2016 devido a fraco crescimento econômico.

Siluanov também disse que é necessária maior coordenação com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para questões de liquidez global, com recomendações esperadas até julho.

Ministros do G20 solicitaram que o Comitê de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) supervisione o trabalho de reformulação das taxas de juros referenciais de curto prazo, como a Libor, após o escândalo de manipulação de taxas.

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