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Furacão Milton mata ao menos 10 na Flórida e se aproxima do norte das Bahamas

Perdas podem chegar a US$ 60 bilhões; mais de 3 milhões de pessoas estão sem energia

Rua alagada em Tampa, na Flórida, após a passagem do furacão Milton (Bryan Smith/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 10 de outubro de 2024 às 15h46.

Última atualização em 10 de outubro de 2024 às 15h47.

As mortes causadas pelo furacão Milton na Flórida aumentaram para pelo menos dez, cinco delas causadas por tornados que ocorreram antes da chegada do furacão, que ainda ameaça o sudeste dos Estados Unidos com tempestades.

Até o momento, cinco mortes foram confirmadas no condado de St. Lucie, na costa leste da Flórida, onde “tornados de rotação rápida” atingiram o solo antes da chegada de Milton.

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De acordo com as autoridades, as pessoas morreram depois que vários tornados desencadeados por Milton atingiram a área na tarde de quarta-feira e atingiram a comunidade de idosos Spanish Lakes Country Village, localizada ao norte de Fort Pierce.

O xerife do condado, Keith Pearson, confirmou à imprensa que as equipes de busca e resgate estão “em processo de localização de outras vítimas, já que esses tornados deixaram centenas de casas danificadas ou completamente destruídas em todo o condado”.

Enquanto isso, o xerife de Volusia, Michael J. Chitwood, confirmou a morte de três outras pessoas na parte leste do estado.Duas outras mortes ocorreram em St. Petersburg, na costa oeste da Flórida, onde Milton atingiu a costa na noite de quarta-feira.

A tempestade causouo corte de energia de mais de 3,4 milhões de residências e empresas, de acordo com o portal Poweroutage.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, disse que 9 mil membros da Guarda Nacional da Flórida e de outros estados, e mais de 50 mil funcionários de serviços públicos, alguns da Califórnia, foram mobilizados.

Há também patrulhas rodoviárias com sirenes para escoltar caminhões-tanque para garantir o abastecimento de combustível.

Furacão Milton segue para as Bahamas

O furacão atingiu a costa na noite de quarta-feira em Siesta Key, perto da cidade de Sarasota, com ventos máximos de 205 km/h, na categoria 3 (de um máximo de 5) na escala Saffir-Simpson.

Milton é o segundo furacão a atingir a Flórida em quase duas semanas, após o impacto do poderoso Helene em 26 de setembro, que afetou o noroeste do estado na categoria 4 e deixou um rastro de devastação em seis estados do sudeste dos EUA e mais de 250 mortos.

O furacão, que cruzou a Flórida durante a noite e já está em alto-mar, permanece na categoria 1 na escala Saffir-Simpson e tem ventos máximos de 130 km/h, de acordo com o último boletim do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).

Furacão Milton na Flórida

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“As condições de tempestade tropical e de maré de tempestade continuam ao longo de partes da costa sudeste dos EUA e no lado noroeste das Bahamas”, informou o NHC no boletim.

De acordo com a previsão, o núcleo de Milton continuará se afastando da costa leste da Flórida e passará pelo norte das Bahamas nesta quinta.

Tanto o presidente americano, Joe Biden, quanto o governador da Flórida, Ron DeSantis, enfatizaram nesta quinta-feira que ainda estão estimando os danos causados pelo impacto de Milton. Biden afirmou que havia se comunicado com DeSantis, que “agradeceu” pelo amplo apoio federal nos preparativos e resposta ao furacão.

US$ 60 bilhões em perdas

Estima-se que Milton deixará perdas potenciais de seguro no valor de até US$ 60 bilhões na Flórida, um estado que mal se recuperou da passagem do furacão Helene, que entrou na costa oeste do estado há 13 dias e causou ao menos 230 mortes no sudeste dos EUA.

De acordo com analistas da empresa de mercado de capitais RBC Capital, as perdas devem ser comparáveis às do furacão Ian, que atingiu a Flórida em 2022, conforme publicado pela imprensa especializada.

Até o momento, quatro mortes foram confirmadas devido a tornados associados ao sistema de furacões, mas que ocorreram antes da chegada de Milton à costa oeste da Flórida na noite de quarta-feira.

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), a temporada de furacões no Atlântico, que começou oficialmente em 1º de junho, pode apresentar atividade “acima da média”, com oito a 13 furacões, incluindo de quatro a sete furacões de grande porte.

Desde o início da temporada de furacões, nove furacões se formaram: Beryl, Debby, Ernesto, Francine, Helene, Isaac, Kirk, Lesley e agora Milton, dos quais Beryl e Milton atingiram a categoria 5.

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