Francia Márquez, vice-presidente da Colômbia, denuncia plano para atentar contra sua vida
Márquez integra o primeiro governo de esquerda da história da Colômbia, que tenta desativar o conflito armado de seis décadas no país
AFP
Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 14h39.
Última atualização em 10 de janeiro de 2023 às 14h50.
A vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, a primeira mulher negra a assumir o cargo, denunciou, nesta terça-feira, 10, um plano para atentar contra sua vida com um artefato explosivo que foi desativado por sua equipe de segurança.
Márquez confirmou em sua conta no Twitter "a desativação e destruição de um artefato explosivo de alta capacidade (...) na rodovia que leva à sua residência familiar", no sudoeste do país.
"Tratou-se de uma nova tentativa de atentar contra a minha vida", acrescentou a vice-presidente, que em 2019 foi alvo de um ataque com granadas e tiros de fuzil por seu trabalho como ativista ambiental no departamento (estado) do Cauca, onde mora e foi plantado o artefato explosivo desativado nesta manhã.
"Trata-se de um saco plástico, cujo interior contém substância explosiva de alto poder à base de nitrato de amônio + alumínio em pó e (...) pregos", detalhou o informe divulgado por Márquez.
Sua equipe de segurança descobriu o artefato após ter sido alertada sobre "pessoas suspeitas" e "elementos estranhos" na via que leva à trilha de Yolombó, no município de Suárez, onde a vice-presidente tinha prevista uma visita.
Márquez integra o primeiro governo de esquerda da história da Colômbia, que tenta desativar o conflito armado de seis décadas no país, negociando com um amálgama de grupos armados, que lucram com o tráfico de drogas e outras atividades ilegais.
Em agosto do ano passado, poucos dias após assumir o poder, um veículo da comitiva do presidente Gustavo Petro foi alvo de um ataque a tiros, enquanto circulava por uma rodovia no nordeste do país.
LEIA TAMBÉM:
Peru proíbe entrada de Evo Morales, enquanto protestos continuam
Confrontos entre manifestantes e policiais no Peru deixam 17 mortos