França e Alemanha pedem novas regras sobre espionagem
França e Alemanha pedirão aos Estados Unidos novas regras sobre as atividades dos serviços secretos ante a avalanche de denúncias de espionagem
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 08h09.
Bruxelas - França e Alemanha pedirão aos Estados Unidos novas regras sobre as atividades dos serviços secretos ante a avalanche de denúncias de espionagem de governantes e de milhões de cidadãos no mundo.
Os governantes dos dois países, que se reuniram à margem de um encontro de cúpula de dois dias da União Europeia (UE) em Bruxelas, que termina esta sexta-feira, "destacaram a relação estreita entre Europa e Estados Unidos e seu valor", disse o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
"E expressaram a convicção de que a relação deve estar baseada no respeito e confiança, incluindo o trabalho e a cooperação dos serviços secretos", completou.
Mas o presidente francês, François Hollande, promotor da iniciativa ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, exigiu "explicações" ao aliado americano.
Hollande disse que as revelações do ex-consultor da Agência de Segurança Nacianal ( NSA ) dos Estados Unidos Edward Snowden sobre as práticas de espionagem de Washington contra aliados poderiam ser "úteis" se resultassem em uma "eficácia maior" dos serviços e mais proteção da vida privada dos cidadãos.
"Agora se apresenta o tema da confiança, buscar a verdade sobre o passado e estabelecer as regras de comportamento para o futuro", disse.
A ausência de confiança pode prejudicar a cooperação na luta contra o terrorismo", destacou Van Rompuy, que convidou o restante dos países da União Europeia a aderir à iniciativa.
Segundo ele, "França e Alemanha querem buscar um contato bilateral com os EUA para encontrar um compromisso até o fim do ano" sobre as atividades dos serviços secretos.
"França e Alemanha comunicaram que têm uma resolução comum (...). Os 28 estão de acordo sobre o texto", completou, destacando que outros países podem "se unir à iniciativa".
Ele garantiu que o Reino Unido está "de acordo" com o texto.
Segundo o chefe do governo italiano, Enrico Letta, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, teve "uma atitude positiva".
A enxurrada de revelações sobre os "grampos" praticados pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) contra líderes europeus, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, caiu como uma bomba na reunião de Bruxelas.
A maior parte dos mandatários exige que se esclareça a verdade sobre esses fatos "inaceitáveis". "Não se espiona os amigos", frisou Merkel.
"Esse é um assunto que não vai parar de nos incomodar, porque sabemos que haverá outras revelações", disse o presidente francês, François Hollande, em uma entrevista coletiva em separado, defendendo rapidez no processo.
Um grupo de trabalho entre europeus e americanos chegou a ser criado, logo no início dos vazamentos confidenciais na imprensa, para debater a proteção de dados, lembrou Van Rompuy. De acordo com o presidente francês esse grupo será "reativado".
Nesta quinta, o jornal britânico "The Guardian" publicou que a NSA "espionou as conversas telefônicas de 35 dirigentes do mundo após um alto funcionário americano entregar uma lista com os números".
"The Guardian" cita um documento interno, no qual a NSA pede aos responsáveis de vários organismos do Executivo, incluindo Casa Branca, Departamento de Estado e Pentágono, que "compartilhem seus números de telefone e endereços eletrônicos (e-mails) com a agência".
Ainda segundo o jornal, apenas um destes responsáveis entregou "200 números, entre eles os de 35 dirigentes mundiais", à NSA.
As revelações são baseadas em documentos vazados pelo ex-analista de Inteligência Edward Snowden, atualmente refugiado na Rússia.
Bruxelas - França e Alemanha pedirão aos Estados Unidos novas regras sobre as atividades dos serviços secretos ante a avalanche de denúncias de espionagem de governantes e de milhões de cidadãos no mundo.
Os governantes dos dois países, que se reuniram à margem de um encontro de cúpula de dois dias da União Europeia (UE) em Bruxelas, que termina esta sexta-feira, "destacaram a relação estreita entre Europa e Estados Unidos e seu valor", disse o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
"E expressaram a convicção de que a relação deve estar baseada no respeito e confiança, incluindo o trabalho e a cooperação dos serviços secretos", completou.
Mas o presidente francês, François Hollande, promotor da iniciativa ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, exigiu "explicações" ao aliado americano.
Hollande disse que as revelações do ex-consultor da Agência de Segurança Nacianal ( NSA ) dos Estados Unidos Edward Snowden sobre as práticas de espionagem de Washington contra aliados poderiam ser "úteis" se resultassem em uma "eficácia maior" dos serviços e mais proteção da vida privada dos cidadãos.
"Agora se apresenta o tema da confiança, buscar a verdade sobre o passado e estabelecer as regras de comportamento para o futuro", disse.
A ausência de confiança pode prejudicar a cooperação na luta contra o terrorismo", destacou Van Rompuy, que convidou o restante dos países da União Europeia a aderir à iniciativa.
Segundo ele, "França e Alemanha querem buscar um contato bilateral com os EUA para encontrar um compromisso até o fim do ano" sobre as atividades dos serviços secretos.
"França e Alemanha comunicaram que têm uma resolução comum (...). Os 28 estão de acordo sobre o texto", completou, destacando que outros países podem "se unir à iniciativa".
Ele garantiu que o Reino Unido está "de acordo" com o texto.
Segundo o chefe do governo italiano, Enrico Letta, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, teve "uma atitude positiva".
A enxurrada de revelações sobre os "grampos" praticados pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) contra líderes europeus, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, caiu como uma bomba na reunião de Bruxelas.
A maior parte dos mandatários exige que se esclareça a verdade sobre esses fatos "inaceitáveis". "Não se espiona os amigos", frisou Merkel.
"Esse é um assunto que não vai parar de nos incomodar, porque sabemos que haverá outras revelações", disse o presidente francês, François Hollande, em uma entrevista coletiva em separado, defendendo rapidez no processo.
Um grupo de trabalho entre europeus e americanos chegou a ser criado, logo no início dos vazamentos confidenciais na imprensa, para debater a proteção de dados, lembrou Van Rompuy. De acordo com o presidente francês esse grupo será "reativado".
Nesta quinta, o jornal britânico "The Guardian" publicou que a NSA "espionou as conversas telefônicas de 35 dirigentes do mundo após um alto funcionário americano entregar uma lista com os números".
"The Guardian" cita um documento interno, no qual a NSA pede aos responsáveis de vários organismos do Executivo, incluindo Casa Branca, Departamento de Estado e Pentágono, que "compartilhem seus números de telefone e endereços eletrônicos (e-mails) com a agência".
Ainda segundo o jornal, apenas um destes responsáveis entregou "200 números, entre eles os de 35 dirigentes mundiais", à NSA.
As revelações são baseadas em documentos vazados pelo ex-analista de Inteligência Edward Snowden, atualmente refugiado na Rússia.