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França e Alemanha apresentarão à Rússia um plano para crise

Plano apresentado pelos europeus busca estabilizar a situação na Ucrânia

Um homem armado, tido como um militar russo, em um veículo blindado de transporte de pessoal (VBTP) perto de uma unidade militar da Ucrânia em Perevalnoye (Reuters)

Um homem armado, tido como um militar russo, em um veículo blindado de transporte de pessoal (VBTP) perto de uma unidade militar da Ucrânia em Perevalnoye (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 06h51.

Paris - França e Alemanha esperam que a Rússia restabeleça os "grupos de contato" sobre a situação da Ucrânia e apresentarão a Moscou um plano para estabilizar a situação nesse país, informou nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius.

Esse plano do qual franceses e alemães esperam que as autoridades russas aceitem, passa pela aceitação do governo de unidade em Kiev, pela retirada das tropas, a dissolução das milícias extremistas, a aplicação da constituição e a realização de eleições antecipadas, adiantou Fabius em entrevista para a emissora francesa "BFM TV".

"A comunidade internacional não pode aceitar que um país invada outro", disse o ministro francês, que se reunirá hoje em Paris com o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, durante uma cúpula sobre o Líbano.

Fabius apontou que caso Moscou não interrompa sua escalada militar, poderão ser adotadas amanhã em Bruxelas as sanções relacionadas com os vistos e as discussões econômicas entre União Europeia (UE) e Rússia, além da já efetiva suspensão da preparação da cúpula do G8 em junho na cidade russa de Sochi.

O chefe da diplomacia francesa insistiu que "a invasão de um país por outro" não é "aceitável" e lembrou à Rússia que "o novo poder na Ucrânia é legítimo, foi eleito pelo Parlamento".

"É preciso retornar ao diálogo", acrescentou o ministro francês das Relações Exteriores, que reiterou que o governo interino da Ucrânia é legítimo porque foi estabelecido em conformidade com o antigo governo e ratificado pelo Parlamento.

Fabius, que se reunirá nesta manhã com seu colega ucraniano, Andrei Deschitsa, não confirmou se o presidente interino desse país, Aleksander Turchinov, viajará a Paris na próxima sexta-feira.

Depois, junto com o presidente francês François Hollande, participará da reunião sobre o Líbano na qual tratará da crise na Ucrânia com os chefes dos serviços diplomáticos americano e russo.

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