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Para França, isolamento sugerido por Trump leva ao nacionalismo

Ministro pediu "esclarecimento" de certas ideias e compromissos expostos por Trump durante a campanha

Donald Trump: "a relação transatlântica é essencial", declarou Ayrault à imprensa (Carlo Allegri/Reuters)

Donald Trump: "a relação transatlântica é essencial", declarou Ayrault à imprensa (Carlo Allegri/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 16h20.

Bruxelas - O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, disse nesta segunda-feira que o "isolamento" sugerido pelo próximo presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, ao longo da campanha eleitoral pode levar ao "nacionalismo", um "verdadeiro perigo".

"A relação transatlântica é essencial", declarou Ayrault à imprensa em um Conselho de Ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) marcado pela eleição de Trump.

Ayrault pediu o "esclarecimento" de certas ideias e compromissos expostos por Trump durante a campanha e mencionou principalmente o acordo sobre a mudança climática, assinado em Paris em dezembro de 2016, pois "todo retrocesso (em seu cumprimento) seria um retrocesso para a humanidade".

"Não só é necessária uma relação transatlântica forte, clara e solidária, mas também uma visão compartilhada do mundo", enfatizou o ministro francês.

De acordo com Ayrault, "entre os riscos está a volta ao isolamento", que é uma "antiga visão política americana que não seria boa nem para os Estados Unidos, nem para o mundo". Segundo o chefe da diplomacia francesa, "o isolamento pode também desenvolver nacionalismos".

"Um dos verdadeiros perigos para o mundo atualmente, também no caso da Europa, é o auge dos nacionalismos. É preciso prestar extrema atenção", comentou. Ayrault insistiu para que Trump trabalhe por "um mundo de paz" e foque em temas como trabalho, educação e saúde.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Michael Fallon, disse que "a melhor reação possível" à eleição de Trump por parte da UE consiste em "investir mais em sua própria defesa", acima de impulsionar um quartel-general conjunto ou inclusive um Exército comunitário.

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