Veículo militar danificado usado pelo Exército Livre da Síria após conflito com tropas de Bashar al-assad e os líbanos do Hezbollah próximo ao Qusair, Síria (Rami Bleible/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2013 às 11h40.
Paris - A França disse nesta sexta-feira que dificilmente o Conselho de Segurança da ONU aprovará a implantação de uma zona de exclusão aérea na Síria.
Diplomatas ocidentais dizem que os EUA cogitam impor uma zona de exclusão aérea no sul da Síria, perto da fronteira com a Jordânia, como forma de coibir ataques das forças governamentais aos rebeldes que há dois anos lutam contra o governo de Bashar al-Assad.
"O problema com esse tipo de medida é que ela só pode ser implantada com a aprovação da comunidade internacional", disse Philippe Lalliot, porta-voz da chancelaria francesa, a jornalistas.
"Uma decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas é necessária, e não só qualquer decisão", afirmou. Ele acrescentou que essa decisão exigiria uma resolução amparada no artigo 7º da Carta da ONU, autorizando uma ação militar, e que isso é improvável.
A Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança, é aliada de Assad, e barra sistematicamente qualquer tentativa de intervenção da comunidade internacional nesse conflito.
Lalliot disse que a França ainda não tomou uma decisão sobre entregar armas aos rebeldes, mas que essas questões serão discutidas na cúpula do G8 na semana que vem no Reino Unido.