Fornecimento de gás da Rússia à Europa continua caindo
O regulador de energia da Áustria, E-Control, informou que as reservas caíram 25% na sexta-feira, a maior queda no país até o momento
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 17h20.
Viena - Alguns países da Europa Central seguem registrando quedas no fornecimento de gás russo enquanto as tensões entre Ucrânia e Rússia continuam no momento em que o inverno se aproxima.
O regulador de energia da Áustria, E-Control, informou que as reservas caíram 25% na sexta-feira, a maior queda no país até o momento.
A capacidade de estoque de gás do país está na máxima devido ao clima relativamente quente, afirmou o diretor-executivo da E-Control, Martin Graf.
"Não é uma situação para se preocupar, mas é claro que precisamos ver se essas quedas continuam no futuro próximo", completou.
O distribuidor de gás da Eslováquia, SPP, informou que os níveis de gás no país estavam 20% abaixo dos níveis de contrato nesta segunda-feira. Na última semana, eles chegaram a uma diferença de 25%.
O operador de gás da Polônia, Gaz System, declarou que a russa Gazprom continua a entregar menos gás do que é pedido.
Graf não informou por quanto tempo a Áustria poderia conter a demanda interna se o fornecimento de gás russo cessar completamente, em referência a um teste de estresse com esse cenário que será realizado pela Comissão Europeia.
O regulador austríaco entrou em contato com a Gazprom, mas "não obteve resposta até o momento", de acordo com Graf.
A redução no fornecimento de gás acontece enquanto as tensões entre Rússia e Ucrânia continuam e os dois lados permanecem em desacordo sobre o pagamento pelo gás.
Moscou requer que Kiev pague US$ 385 por mil metros cúbicos, um preço que a economia ucraniana está relutante a pagar.
A Rússia cortou o fornecimento de gás no país em junho. A Eslováquia e a Polônia, além da Hungria, tem fornecido gás à Ucrânia após o episódio.
A Rússia, a Ucrânia e a União Europeia irão retomar negociações sobre o fornecimento de gás à Ucrânia na sexta-feira, em Berlim.
Fonte: Dow Jones Newswires.