Mundo

Forças ucranianas em Mariupol 'lutarão até o fim', diz primeiro-ministro

Soldados ucranianos sitiados em Mariupol neste domingo parecem ter ignorado o ultimato da Rússia de depor as armas e evacuar este porto estratégico no sudeste da Ucrânia

Ucrânia: Rússia deu ultimato para soldados abandonarem Mariupol. (Alexander Ermochenko/Reuters)

Ucrânia: Rússia deu ultimato para soldados abandonarem Mariupol. (Alexander Ermochenko/Reuters)

A

AFP

Publicado em 17 de abril de 2022 às 12h05.

Os últimos defensores de Mariupol ainda ocupam partes da cidade e "lutarão até o fim" contra as tropas russas, disse o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmygal, em entrevista transmitida pela televisão americana ABC neste domingo (17).

"A cidade não caiu. Nossas forças militares, nossos soldados ainda estão lá. Eles vão lutar até o fim", assegurou Shmygal no "This Week", horas depois do ultimato russo para depor as armas.

Soldados ucranianos sitiados em Mariupol neste domingo parecem ter ignorado o ultimato da Rússia de depor as armas e evacuar este porto estratégico no sudeste da Ucrânia, cuja ocupação seria uma grande vitória para Moscou.

O primeiro-ministro ucraniano também rejeitou as recentes alegações do presidente russo, Vladimir Putin, de que as tropas de Moscou estavam vencendo a guerra.

"Nenhuma grande cidade caiu. Apenas (a cidade de) Kherson está sob o controle das forças russas, mas todas as outras cidades estão sob o controle da Ucrânia", insistiu Chmygal, especificando que mais de 900 municípios, incluindo a capital Kiev, permanecem livre da ocupação russa.

"Atualmente estamos lutando na região de Donbass e não pretendemos desistir", acrescentou falando em inglês.

Em entrevista também transmitida neste domingo por outra rede de televisão americana, a CNN, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky descartou a ideia de deixar Moscou tomar a região de Donbass e parte do leste da Ucrânia para impedir o banho de sangue.

"A Ucrânia e seu povo são claros sobre isso. Não temos direito aos territórios de ninguém, mas não vamos abrir mão do nosso", disse ele.

Acompanhe tudo sobre:GuerrasRússiaUcrânia

Mais de Mundo

ONU adverte que o perigo da fome “é real” na Faixa de Gaza

Agência da ONU pede investigação de abusos após cessar-fogo no Líbano

Parlamento britânico debate proposta de lei de morte assistida

Acordo Mercosul-UE não sairá porque camponeses franceses 'não querem', diz Mujica