Forças iraquianas mantêm cerco sobre o EI no leste de Mosul
Tropas antiterroristas obtiveram "avanços importantes" nos bairros do norte, do centro, do sul, e da zona leste da cidade
EFE
Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 09h36.
Mosul - As Forças de Segurança do Iraque continuam nesta sexta-feira, pelo segundo dia consecutivo, com o cerco sobre os combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) nos bairros do leste de Mossul, principal bastião dos extremistas no Iraque.
O comandante das forças especiais (antiterroristas), o general Ma'an al Saadi, disse à Agência Efe que seus homens seguem progredindo em todas as frentes no interior da cidade, cuja parte oeste ainda está totalmente controlada pelo EI.
Segundo Saadi, as tropas antiterroristas obtiveram "avanços importantes" nos bairros do norte, do centro, do sul, e da zona leste da cidade, em meio a violentos enfrentamentos.
O comandante explicou que a ofensiva começou ontem, depois que o exército regular e a polícia substituíram as forças especiais no controle dos bairros recuperados, o que permitiu que as tropas antiterroristas pudessem se concentrar em conseguir novos avanços.
"Estamos avançando rápido, e nos próximos dias libertaremos os bairros que ainda estão ocupados na margem oriental do rio Tigre", ressaltou Saadi.
Os combates resultaram na morte de dezenas de jihadistas "árabes e estrangeiros", segundo o general, que, no entanto, não ofereceu números, nem falou sobre eventuais baixas entre as fileiras iraquianas.
Ontem, as forças iraquianas lançaram a segunda fase da ofensiva para expulsar o grupo terrorista Estado Islâmico dos bairros do leste de Mossul, onde as forças antiterroristas entraram no final de outubro.
As tropas governamentais controlam mais de 40 distritos nesta região, mas não conseguiram expulsar totalmente os jihadistas, que lançaram várias contra-ofensivas para tentar recuperar áreas perdidas.
Antes da ofensiva, todas as pontes que ligam a zona oeste de Mossul, que é controlada pelos jihadistas, com a leste foram destruídas para impedir que o EI envie reforços, armamento e carros-bomba, uma das principais armas do grupo.