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Filhos de Cristina Kirchner se apresentam para prestar depoimento

No início de fevereiro, um juiz intimou Cristina e seus filhos a prestarem depoimento por suposta lavagem de dinheiro e pagamento de propina

Cristina Kirchner: a ex-presidente deverá comparecer amanhã à Justiça (Rolex dela Pena/Pool/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de março de 2017 às 13h54.

Buenos Aires - Os filhos da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner , Florencia e Máximo Kirchner, se apresentaram nesta segunda-feira à Justiça para prestarem depoimento, acusados de vários crimes de corrupção cometidos supostamente através da empresa familiar Los Sauces.

A primeira a chegar à Justiça Federal em Buenos Aires foi Florencia, de 26 anos, que foi intimada para prestar esclarecimentos às 9h locais (mesmo horário de Brasília).

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Segundo confirmaram à Agência Efe fontes judiciais, a jovem apresentou um documento ao juiz do caso, Claudio Bonadio, e não respondeu às perguntas do magistrado, dexiando o recinto 20 minutos depois, sem dar entrevistas aos jornalistas.

Máximo, por sua vez, que atualmente é deputado pelo partido kirchnerista Frente para a Vitória (Fpv), chegou mais tarde, já que seu depoimento estava marcado para as 10h.

Vários militantes do kirchnerismo, entre eles a presidente da Associação das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, se reuniram em frente à sede judicial para oferecer apoio aos acusados com bandeiras e gritos com palavras de ordem.

No início de fevereiro, Bonadio intimou Cristina e seus filhos a prestarem depoimento, e também os empresários Cristóbal López e Lázaro Báez - que já compareceram à Justiça há poucos dias - por suposta lavagem de dinheiro e pagamento de propina.

Cristina Kirchner deverá comparecer amanhã à Justiça e está convencida de que ela e sua família estão sendo vítimas de uma perseguição política, midiática e judicial, por isso apresentou na última sexta-feira um documento com o qual pretendia livrar sua filha da prisão, depois que, segundo escreveu no Facebook, lhe "informaram" que o juiz queria ordenar sua detenção.

Pouco depois, o pormotor do caso, Carlos Rívolo, considerou que não existem as condições para a detenção de Florencia, já que não há o risco de ela deixar o país ou atrapalhar as investigações e, posteriormente, se soube que o juiz concedeu a isenção de prisão à jovem.

Também não é esperada detenção de seu irmão por enquanto, devido a sua condição de parlamentar.

O caso surgiu em abril de 2016, após a denúncia da deputada de centro-esquerda Margarita Stolbizer contra Cristina e seus filhos por falsificação de documentos públicos, pagamento de propina e lavagem de dinheiro relacionados com supostas transações ilícitas com López e Báez.

Margarita acredita que a empresa familiar dos Kirchner, dedicada ao aluguel de imóveis e criada em 2006 pelo casal presidencial e seu primogênito, foi utilizada para receber transferências milionárias de parte dos empresários, que previamente teriam conseguido contratos com o governo de obras superfaturadas.

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