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Filho de Biden comparecerá à audiência por fraude fiscal nos EUA

Hunter Biden pode pegar até 17 anos de prisão se for condenado; situação tem sido usada por republicanos para atacar o presidente

Hunter Biden, durante entrevista coletiva em Washington (Kent Nishimura/AFP)

Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 13h40.

Hunter Biden, filho do presidente americano, Joe Biden, deve comparecer a um tribunal federal em Los Angeles nesta quinta-feira (11), pela acusação de fraude fiscal, aumentando a pressão sobre seu pai que, ao que tudo indica, deve protagonizar uma dura disputa pela reeleição contra Donald Trump.

Com histórico de dependência de drogas, o empresário de 53 anos é um alvo constante dos republicanos que usam seu caso para acusar, sem provas, o que chamam de Família Biden Criminosa.

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Um dia antes de sua apresentação ao tribunal em Los Angeles, Hunter apareceu de forma surpresa em uma audiência parlamentar no Capitólio, em Washington, onde uma comissão do Partido Republicano discutia medidas de desacato contra ele por ter-se negado a testemunhar a portas fechadas sobre seus negócios, no mês passado.

O filho do presidente deve ser acusado nesta quinta-feira por nove denúncias de fraude fiscal. A denúncia, emitida em 7 de dezembro, afirma que o dinheiro que devia ir para os cofres públicos foi desviado para um "estilo de vida extravagante".

Entre 2016 e outubro de 2020, "o acusado gastou este dinheiro em drogas, acompanhantes e namoradas, hotéis de luxo e propriedades para alugar, carros exóticos, roupas e outros itens de natureza pessoal, resumindo, tudo menos seus impostos", afirma o documento de 56 páginas.

Caso seja condenado pelas nove acusações — três das quais são consideradas graves —, Hunter pode ficar preso por até 17 anos.

O empresário também é alvo de outra denúncia em Delaware por acusações federais de que havia infringido leis que impedem a posse de armas e o consumo de drogas.

No ano passado, um acordo que buscava negociar sua situação jurídica fracassou em meio a uma série de críticas que afirmavam que uma redução de sua pena evidenciava que o Departamento de Justiça o beneficiava por ser filho do presidente americano.

Seu advogado, Abbe Lowell, disse em dezembro que a situação na verdade era oposta.

"Baseado nos fatos e na lei, se o sobrenome de Hunter não fosse Biden, suas acusações em Delaware, e estas agora na Califórnia, não teriam sido apresentadas", declarou.

Hunter Biden se tornou um alvo para os republicanos, que tentam atacar seu pai antes das eleições presidenciais de novembro.

Em meio a constantes críticas, sem apresentar provas, eles iniciaram uma investigação que busca o impeachment do presidente por supostas acusações de que ele teria se beneficiado dos negócios internacionais de seu filho.

Com AFP.

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