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Fifa questiona Rússia por punir jogador que reagiu a racismo

Em um vídeo de uma partida da última sexta-feira do Campeonato Russo, se escuta torcedores gritando insultos racistas ao volante Emmanuel Frimpong

Emmanuel Frimpong, do time russo de futebol Ufa, reagiu aos insultos com um gesto obsceno, sendo suspenso por dois jogos pela sua ação (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2015 às 14h14.

São Petersburgo - A Fifa pediu à União Russa de Futebol explicações sobre o mais recente incidente de racismo no país, no qual um jogador ganês foi suspenso por dois jogos por reagir a insultos racistas de torcedores.

Em um vídeo de uma partida da última sexta-feira do Campeonato Russo , se escuta torcedores do Spartak Moscou gritando insultos racistas ao volante Emmanuel Frimpong, do Ufa, que é negro. Ele próprio publicou o vídeo nas redes sociais.

Frimpong reagiu aos insultos com um gesto obsceno, sendo suspenso por dois jogos pela sua ação. O Spartak, no entanto, não foi punido pelo último incidente de racismo no futebol do país que vai sediar a Copa do Mundo de 2018. A federação russa avaliou que não havia nenhuma evidência de racismo.

No entanto, o chefe da divisão que trata de racismo da Fifa, Federico Addiechi, disse nesta quinta-feira que os russos têm até terça-feira para responderem a um pedido de explicações do departamento disciplinar da agência máxima do futebol mundial. Caso contrário, punições serão impostas na quarta-feira.

Addiechi disse que quer saber se "para tomar a decisão foi levada em conta a evidência que podemos ver claramente pela internet". "Nós não temos nenhuma responsabilidade direta pelo que está acontecendo na liga russa", disse Addiechi em São Petersburgo. "Mas se a União Russa de Futebol precisa da nossa ajuda, e acho que assim é, então podemos dar alguma ajuda".

São Petersburgo vai sediar neste sábado o sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, e incidentes desse tipo voltam os holofotes sobre os problemas de racismo no futebol russo.

"Depende dos organizadores do evento garantir que seja seguro e agradável para todos, não apenas para os jogadores e participantes, mas também para os torcedores", disse Addiechi. "Seria ingênuo e arrogante da nossa parte vir aqui e dizer que vamos educar a Rússia. Nós não estamos em uma posição para fazer isso, não precisamos fazer isso, não temos autoridade moral para fazê-lo", concluiu.

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Em um vídeo de uma partida da última sexta-feira do Campeonato Russo , se escuta torcedores do Spartak Moscou gritando insultos racistas ao volante Emmanuel Frimpong, do Ufa, que é negro. Ele próprio publicou o vídeo nas redes sociais.

Frimpong reagiu aos insultos com um gesto obsceno, sendo suspenso por dois jogos pela sua ação. O Spartak, no entanto, não foi punido pelo último incidente de racismo no futebol do país que vai sediar a Copa do Mundo de 2018. A federação russa avaliou que não havia nenhuma evidência de racismo.

No entanto, o chefe da divisão que trata de racismo da Fifa, Federico Addiechi, disse nesta quinta-feira que os russos têm até terça-feira para responderem a um pedido de explicações do departamento disciplinar da agência máxima do futebol mundial. Caso contrário, punições serão impostas na quarta-feira.

Addiechi disse que quer saber se "para tomar a decisão foi levada em conta a evidência que podemos ver claramente pela internet". "Nós não temos nenhuma responsabilidade direta pelo que está acontecendo na liga russa", disse Addiechi em São Petersburgo. "Mas se a União Russa de Futebol precisa da nossa ajuda, e acho que assim é, então podemos dar alguma ajuda".

São Petersburgo vai sediar neste sábado o sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, e incidentes desse tipo voltam os holofotes sobre os problemas de racismo no futebol russo.

"Depende dos organizadores do evento garantir que seja seguro e agradável para todos, não apenas para os jogadores e participantes, mas também para os torcedores", disse Addiechi. "Seria ingênuo e arrogante da nossa parte vir aqui e dizer que vamos educar a Rússia. Nós não estamos em uma posição para fazer isso, não precisamos fazer isso, não temos autoridade moral para fazê-lo", concluiu.

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