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Fidel alerta que EUA ordenarão a invasão da Líbia pela Otan

Segundo o líder cubano, informações que descrevem repressão sangrenta no país são duvidosas

Para Fidel, governo norte-americano não se preocupa com a paz na Líbia (Jorge Rey/Getty Images)

Para Fidel, governo norte-americano não se preocupa com a paz na Líbia (Jorge Rey/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 12h16.

Havana - O líder cubano Fidel Castro advertiu nesta terça-feira que os Estados Unidos não hesitarão em ordenar que a Otan invada a Líbia para controlar o petróleo e colocou em dúvida a veracidade das informações que descrevem uma sangrenta repressão ordenada pelo governo de Muamar Kadafi.

"Para mim é claramente evidente que o governo dos Estados Unidos não se preocupa em absoluto com a paz na Líbia, e não vacilará em dar à Otan a ordem de invadir este rico país, talvez em questão de horas ou em alguns dias", escreveu o líder cubano em mais um artigo de opinião.

Fidel diz ainda que é preciso esperar para saber "o quanto há de verdade ou mentira" nas informações sobre os acontecimentos na Líbia, onde, segundo as ONGs, entre 200 e 400 pessoas teriam morrido nos últimos dias nas repressão do regime Kadafi.

"Pode-se estar ou não de acordo com Gaddafi (Kadafi). O mundo foi invadido por todo tipo de notícias, empregando especialmente meios de informação em massa. Mas é preciso esperar o tempo necessário para conhecer com rigor quanto há de verdade ou mentira, ou uma mistura de fatos de todos os tipos que, em meio ao caos, são produzidos na Líbia".

Fidel classificou ainda de "mentira com pérfidas intenções" a versão que circulou sobre uma possível fuga de Kadafi para a Venezuela, cujo presidente, Hugo Chávez, mantém relações com a Líbia.

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