Exame Logo

Menino morto por portar arma de brinquedo vira caso do FBI

FBI investigará se policiais violaram leis federais, inclusive os direitos de Andy. Jovem tinha 13 anos, era filho de pais mexicanos e foi morto com sete tiros

Garota chora a morte do amigo Andy Lopez, de 13 anos: Andy carregava arma de brinquedo e foi morto por policiais que acreditaram que arma era de verdade  (REUTERS/Robert Galbraith)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2013 às 09h21.

Washington - O FBI pretende fazer sua própria investigação sobre o caso de dois policiais do condado de Sonoma, na Califórnia (EUA), que mataram um menino hispânico de 13 anos com sete tiros que estava com uma réplica de brinquedo de um fuzil de assalto AK-47, informaram nesta sexta-feira fontes policiais.

O FBI notificou hoje o xerife de Sonoma, Steve Freitas, e o chefe de polícia de Santa Rosa, Tom Schwedhelm, que estão preparando a investigação, afirmou este último ao jornal local 'The Press Democrat'.

'Vamos cooperar totalmente com eles', disse Schwedhelm, que destacou que a polícia de Santa Rosa continuará com sua própria investigação e que a do FBI será focada, provavelmente, se os policiais violaram leis federais, inclusive os direitos do jovem.

O adolescente, identificado como Andy López e de pais mexicanos, recebeu sete tiros, sendo que dois deles provocaram ferimentos letais, segundo a necropsia realizada ontem.

O fato aconteceu na tarde de terça-feira, quando dois agentes de polícia do condado de Sonoma patrulhavam um bairro do sudoeste de Santa Rosa e viram López caminhando com o que parecia ser um fuzil AK-47.

Os agentes solicitaram reforços e depois saíram do veículo e ordenaram repetidamente que o jovem colocasse sua arma no chão. López, que estava de costas, virou em direção aos policiais.


'Um dos agentes descreveu que, na medida em que o sujeito virava em direção a ele, o cano do fuzil estava apontado em sua direção', afirmou na terça-feira o tenente de Santa Rosa, Paul Henry, em comunicado.

'O agente temeu por sua segurança, a de seu companheiro e a dos membros da comunidade que vivem na área. Pensou que o sujeito atiraria contra ele e seu companheiro', disse.

Após os disparos, os agentes se aproximaram para averiguar a situação e prestar os primeiros socorros ao menino, quando descobriram que a espingarda era uma réplica de uma arma de assalto e que a criança também tinha uma pistola de plástico presa em seu cinto.

As autoridades não revelaram a identidade dos agentes, mas eles foram afastados de seus serviços administrativamente, enquanto o fato é investigado e, desde então, os dois receberam ameaças de morte, de acordo com o 'The Press Democrat'.

Aproximadamente 300 pessoas participaram hoje de uma manifestação em Santa Rosa que pedia justiça para López, nascido na Califórnia e cujos pais são de Sonora, no México.

'(O policial que matou Andy) deveria saber que a espingarda era falsa', declarou à publicação Jerónimo Carmona, amigo e colega de classe de López, durante a manifestação.

O pai do jovem, Rodrigo López, disse à rede 'CBS' que seu filho 'respeitava' a polícia e que não sabe por que não escutou os agentes quando estes ordenaram que colocasse a arma no chão.

Veja também

Washington - O FBI pretende fazer sua própria investigação sobre o caso de dois policiais do condado de Sonoma, na Califórnia (EUA), que mataram um menino hispânico de 13 anos com sete tiros que estava com uma réplica de brinquedo de um fuzil de assalto AK-47, informaram nesta sexta-feira fontes policiais.

O FBI notificou hoje o xerife de Sonoma, Steve Freitas, e o chefe de polícia de Santa Rosa, Tom Schwedhelm, que estão preparando a investigação, afirmou este último ao jornal local 'The Press Democrat'.

'Vamos cooperar totalmente com eles', disse Schwedhelm, que destacou que a polícia de Santa Rosa continuará com sua própria investigação e que a do FBI será focada, provavelmente, se os policiais violaram leis federais, inclusive os direitos do jovem.

O adolescente, identificado como Andy López e de pais mexicanos, recebeu sete tiros, sendo que dois deles provocaram ferimentos letais, segundo a necropsia realizada ontem.

O fato aconteceu na tarde de terça-feira, quando dois agentes de polícia do condado de Sonoma patrulhavam um bairro do sudoeste de Santa Rosa e viram López caminhando com o que parecia ser um fuzil AK-47.

Os agentes solicitaram reforços e depois saíram do veículo e ordenaram repetidamente que o jovem colocasse sua arma no chão. López, que estava de costas, virou em direção aos policiais.


'Um dos agentes descreveu que, na medida em que o sujeito virava em direção a ele, o cano do fuzil estava apontado em sua direção', afirmou na terça-feira o tenente de Santa Rosa, Paul Henry, em comunicado.

'O agente temeu por sua segurança, a de seu companheiro e a dos membros da comunidade que vivem na área. Pensou que o sujeito atiraria contra ele e seu companheiro', disse.

Após os disparos, os agentes se aproximaram para averiguar a situação e prestar os primeiros socorros ao menino, quando descobriram que a espingarda era uma réplica de uma arma de assalto e que a criança também tinha uma pistola de plástico presa em seu cinto.

As autoridades não revelaram a identidade dos agentes, mas eles foram afastados de seus serviços administrativamente, enquanto o fato é investigado e, desde então, os dois receberam ameaças de morte, de acordo com o 'The Press Democrat'.

Aproximadamente 300 pessoas participaram hoje de uma manifestação em Santa Rosa que pedia justiça para López, nascido na Califórnia e cujos pais são de Sonora, no México.

'(O policial que matou Andy) deveria saber que a espingarda era falsa', declarou à publicação Jerónimo Carmona, amigo e colega de classe de López, durante a manifestação.

O pai do jovem, Rodrigo López, disse à rede 'CBS' que seu filho 'respeitava' a polícia e que não sabe por que não escutou os agentes quando estes ordenaram que colocasse a arma no chão.

Acompanhe tudo sobre:ArmasEstados Unidos (EUA)FBIPaíses ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame