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Farc estão prontas para discussão sobre entrega de armas

Segundo Márquez, neste ciclo continuaram a "construir consensos" sobre o cessar-fogo bilateral e definitivo e o fim das armas

Negociador da FARC Ivan Marquez: ele advertiu que para um futuro de paz na Colômbia é "urgente esclarecer o fenômeno do paramilitarismo e sua desarticulação, porque com guerra suja o pós-acordo seria uma mentira" (Reuters/ Stringer)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 13h52.

Havana - Os negociadores das Farc afirmaram nesta quinta-feira em Havana, sede dos diálogos de paz, que a guerrilha está pronta para "abordar e discutir os procedimentos para a mudança de uma organização pegada em armas para movimento político aberto".

"Entregamos aos plenipotenciários do governo um pacote de propostas básicas que esperam conclusão", assinalou à imprensa o chefe negociador e número dois da guerrilha, "Ivan Márquez", no fechamento de um novo ciclo de conversas de paz, em que a delegação governamental não deu nenhuma declaração.

Segundo Márquez, neste ciclo continuaram a "construir consensos" sobre o cessar-fogo bilateral e definitivo e o fim das armas, aspectos sobre os quais uma subcomissão composta por militares elabora propostas há meses.

Márquez indicou que as partes também estão "às portas de um entendimento no decisivo tema de justiça", que até agora impedia fecharem o ponto da agenda sobre a reparação das vítimas, que está em discussão há mais de um ano.

"Está perto, sem dúvida, o fechamento do acordo sobre o ponto das vítimas, já que o inescapável assunto de reparação estaria no sistema integral de verdade, justiça, reparação, e não na repetição de mecanismos para dar satisfação às vítimas do conflito", explicou.

Apesar destes avanços nas conversas, Márquez advertiu que para um futuro de paz na Colômbia é "urgente esclarecer o fenômeno do paramilitarismo e sua desarticulação, porque com guerra suja o pós-acordo seria uma mentira".

Para abordar o tema do fim do conflito, as Farc concordaram com a realização de um fórum na Colômbia, sob o auspício do Centro de Pensamento da Universidade Nacional e das Nações Unidas, "para que o movimento social e político coloque sua opinião sobre a mesa, já que a paz é um assunto de toda a sociedade e requer a participação de todos".

Nesse sentido, ressaltaram a importância que neste momento "deixem se ouvir plenamente as vozes da população, a palavra do povo, mediante suas organizações sociais e políticas opinando e decidindo sobre o rumo do processo de paz e o destino da Colômbia".

"Nós estamos prontos para prosseguir a manifestação organizada da vontade nacional rumo ao acordo definitivo, ponto de partida para as transformações democráticas e progressistas. A paz está batendo na porta da Colômbia", afirmou a guerrilha.

As equipes de paz retomarão as negociações em Havana em 28 de setembro até o 8 de outubro.

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"Entregamos aos plenipotenciários do governo um pacote de propostas básicas que esperam conclusão", assinalou à imprensa o chefe negociador e número dois da guerrilha, "Ivan Márquez", no fechamento de um novo ciclo de conversas de paz, em que a delegação governamental não deu nenhuma declaração.

Segundo Márquez, neste ciclo continuaram a "construir consensos" sobre o cessar-fogo bilateral e definitivo e o fim das armas, aspectos sobre os quais uma subcomissão composta por militares elabora propostas há meses.

Márquez indicou que as partes também estão "às portas de um entendimento no decisivo tema de justiça", que até agora impedia fecharem o ponto da agenda sobre a reparação das vítimas, que está em discussão há mais de um ano.

"Está perto, sem dúvida, o fechamento do acordo sobre o ponto das vítimas, já que o inescapável assunto de reparação estaria no sistema integral de verdade, justiça, reparação, e não na repetição de mecanismos para dar satisfação às vítimas do conflito", explicou.

Apesar destes avanços nas conversas, Márquez advertiu que para um futuro de paz na Colômbia é "urgente esclarecer o fenômeno do paramilitarismo e sua desarticulação, porque com guerra suja o pós-acordo seria uma mentira".

Para abordar o tema do fim do conflito, as Farc concordaram com a realização de um fórum na Colômbia, sob o auspício do Centro de Pensamento da Universidade Nacional e das Nações Unidas, "para que o movimento social e político coloque sua opinião sobre a mesa, já que a paz é um assunto de toda a sociedade e requer a participação de todos".

Nesse sentido, ressaltaram a importância que neste momento "deixem se ouvir plenamente as vozes da população, a palavra do povo, mediante suas organizações sociais e políticas opinando e decidindo sobre o rumo do processo de paz e o destino da Colômbia".

"Nós estamos prontos para prosseguir a manifestação organizada da vontade nacional rumo ao acordo definitivo, ponto de partida para as transformações democráticas e progressistas. A paz está batendo na porta da Colômbia", afirmou a guerrilha.

As equipes de paz retomarão as negociações em Havana em 28 de setembro até o 8 de outubro.

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