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Familiares de vítimas do voo MH370 querem buscas na África

Na aeronave havia 239 pessoas, entre tripulação e passageiros, quando a mesma desapareceu no dia 8 de março de 2014


	MH370: especialistas malaios e australianos trabalham para "verificar" se os destroços encontrados em Moçambique pertencem ao MH370
 (Adrien Barbier / AFP)

MH370: especialistas malaios e australianos trabalham para "verificar" se os destroços encontrados em Moçambique pertencem ao MH370 (Adrien Barbier / AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 09h37.

Bangcoc - Uma associação de familiares dos desaparecidos no voo MH370 de Malaysia Airlines pediu nesta quinta-feira a realização de uma busca exaustiva no litoral leste da África, onde no fim de semana passado foram encontrados destroços de um avião que poderia ser o Boeing 777 que sumiu misteriosamente em 2014.

"Buscamos o apoio de recursos navais (das nações do leste da África) que possam rastrear os locais desabitados e áreas pantanosas para que todos os destroços sejam recolhidos e analisados", expressou em comunicado a organização Voice370.

Na aeronave havia 239 pessoas, entre tripulação e passageiros, quando a mesma desapareceu no dia 8 de março de 2014.

Fontes oficiais dos Estados Unidos, próximas da investigação sobre o desaparecimento do avião malaio, informaram sobre a descoberta de um fragmento que presumivelmente pertence a um Boeing 777, o mesmo modelo de aeronave que operava o voo MH370, no litoral de Moçambique.

A peça de metal, de um metro de comprimento, corresponderia a um pedaço de um "estabilizador" horizontal do avião que faz parte das pequenas asas que ficam na parte posterior da aeronave.

O objeto tem escritas as palavras "NO STEP" ('Não pise').

O ministro dos Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai, afirmou que os especialistas malaios e australianos trabalham para "verificar" se os destroços encontrados em Moçambique pertencem ao MH370.

"Com base em relatórios anteriores, existe uma possibilidade alta de que os destroços encontrados em Moçambique pertençam a um Boeing 777", publicou Liow em seu perfil no Twitter.

O governo da Austrália, por sua vez, disse que o local da descoberta condiz com os padrões das correntes do Oceano Índico relacionadas com o lugar onde se acredita que o avião caiu.

O avião desapareceu após mudar de rumo em uma "ação deliberada", segundo os especialistas, 40 minutos após ter decolado de Kuala Lumpur rumo a Pequim e que alguém desligou os sistemas de comunicação.

As buscas pela aeronave se concentram em uma área de 120 mil quilômetros quadrados no Oceano Índico, cerca de 1.800 quilômetros a oeste da cidade australiana de Perth.

Em julho do ano passado, as equipes encontraram um fragmento do MH370 na ilha Reunião, a leste de Madagascar, o que supôs o primeiro e único indício tangível de que o avião tinha caído no Oceano Índico.

O desaparecimento do MH370 continua sendo um dos maiores mistérios da história da aviação.

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