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Facebook considera medidas anti-espionagem insuficientes

Empresa divulgou comunicado em que mostra sua decepção com a reforma dos programas de espionagem da NSA

Protesto contra espionagem dos EUA: "nós do Facebook, vamos continuar exigindo que o governo seja mais transparente sobre suas práticas e proteja as liberdades civis", disse Zuckerberg (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2014 às 10h20.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reuniu nesta sexta-feira com os diretores das principais empresas tecnológicas do país para explicar os progressos na reforma dos programas de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês), medidas estas que não foram consideradas suficientes para o Facebook .

'O presidente reiterou o compromisso de sua Administração em tomar medidas que possam dar aos cidadãos uma maior confiança de que seus direitos estão sendo protegidos e, ao mesmo tempo, permitam preservar as importantes ferramentas que garantem nossa segurança', explicou a Casa Branca em comunicado após o encontro, que durou 90 minutos.

Ao mesmo tempo, o Facebook emitiu um comunicado menos conciliador no qual mostrava sua decepção após um encontro que aconteceu faltando uma semana para expirar o prazo determinado por Obama para que sua equipe de governo finalize e apresente as reformas dos polêmicos programas de espionagem da NSA.

O setor tecnológico do país, um dos atores principais nesse debate, ficou em polvorosa depois que as revelações do ex-técnico da NSA Edward Snowden sobre a espionagem nos Estados Unidos reduziram a confiança de seus usuários nacionais e estrangeiros.

Google, Microsoft, Facebook, Yahoo! e outras companhias publicaram uma declaração conjunta no dia 17 de janeiro, depois que conheceram as propostas de Obama para modificar as práticas da agência, na qual consideraram que 'faltam abordar detalhes cruciais sobre este assunto'.

O Facebook foi o primeiro e, por enquanto, o único a reagir hoje após o encontro com Obama e considerou, em comunicado, que 'mesmo que o governo tenha dado passos úteis para a reforma de suas práticas de vigilância, estes simplesmente não são suficientes'.

'As pessoas de todo o mundo merecem saber que suas informações estão seguras e, nós do Facebook, vamos continuar exigindo que o governo seja mais transparente sobre suas práticas e proteja as liberdades civis', acrescentou.

As primeiras reformas na NSA anunciadas em janeiro por Obama não convenceram em seu país, onde os legisladores democratas e republicanos, as empresas tecnológicas e os grandes meios de comunicação as tacharam imediatamente de pouco concretas.


Obama, que defendeu então em um discurso esperado o equilíbrio entre segurança e privacidade, não conseguiu satisfazer os que pedem que os programas de espionagem da NSA sejam mantidos intactos para evitar ataques contra os EUA, nem os que acreditam que os mesmos já foram longe demais.

A reunião de hoje na Casa Branca com os diretores das empresas tecnológicas está inserida, para a Administração Obama, em um 'contínuo diálogo sobre os temas de inteligência, tecnologia e privacidade'.

Compareceram ao encontro o fundador de Facebook, Mark Zuckerberg; o do Netflix, Reed Hastings; o presidente do Google, Eric Schmidt; assim como o fundador da Palantir, Alexander Karp; o executivo-chefe do Box, Aaron Levie, e do Dropbox, Drew Houston.

A única reação imediata após a reunião foi do Facebook e chegou uma semana depois que Zuckerberg expressou na rede social sua indignação pelas práticas das autoridades dos EUA na internet ao considerar que causam 'um dano' que terá consequências, uma queixa que levou até o próprio presidente da nação.

Zuckerberg disse então que se sente 'frustrado' e 'confuso' diante das 'repetidas informações sobre o comportamento do governo dos Estados Unidos', como disse em sua carta que foi divulgada justo no dia seguinte que o site 'The Intercept' reportou que a NSA utilizava o Facebook como álibi para sua espionagem.

Segundo esse site, fundado pelo jornalista Glenn Greenwald, que divulgou os polêmicos documentos originais de Snowden, as autoridades americanas mascaram seus servidores como se fossem os do Facebook para invadir os computadores de pessoas de seu interesse e ter acesso aos seus dados.

Em resposta a essa informação, a NSA emitiu na semana passada um breve comunicado no qual qualificou de 'equivocadas' tais afirmações.

Zuckerberg tem a impressão, no entanto, que as autoridades poderiam estar excedendo esses limites.

'Liguei para o presidente Obama para expressar minha frustração sobre o prejuízo que o governo está causando para todo o nosso futuro. Infelizmente, parece que ainda vai demorar muito tempo para uma reforma verdadeira e completa', comentou há uma semana.

Ainda resta saber como as outras empresas tecnológicas vão reagir e também o Congresso, ao qual Obama deixou a última palavra nesse assunto, na próxima semana, quando o governo apresentará suas reformas na NSA após meses de deliberações nas quais participaram vários departamentos.

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'O presidente reiterou o compromisso de sua Administração em tomar medidas que possam dar aos cidadãos uma maior confiança de que seus direitos estão sendo protegidos e, ao mesmo tempo, permitam preservar as importantes ferramentas que garantem nossa segurança', explicou a Casa Branca em comunicado após o encontro, que durou 90 minutos.

Ao mesmo tempo, o Facebook emitiu um comunicado menos conciliador no qual mostrava sua decepção após um encontro que aconteceu faltando uma semana para expirar o prazo determinado por Obama para que sua equipe de governo finalize e apresente as reformas dos polêmicos programas de espionagem da NSA.

O setor tecnológico do país, um dos atores principais nesse debate, ficou em polvorosa depois que as revelações do ex-técnico da NSA Edward Snowden sobre a espionagem nos Estados Unidos reduziram a confiança de seus usuários nacionais e estrangeiros.

Google, Microsoft, Facebook, Yahoo! e outras companhias publicaram uma declaração conjunta no dia 17 de janeiro, depois que conheceram as propostas de Obama para modificar as práticas da agência, na qual consideraram que 'faltam abordar detalhes cruciais sobre este assunto'.

O Facebook foi o primeiro e, por enquanto, o único a reagir hoje após o encontro com Obama e considerou, em comunicado, que 'mesmo que o governo tenha dado passos úteis para a reforma de suas práticas de vigilância, estes simplesmente não são suficientes'.

'As pessoas de todo o mundo merecem saber que suas informações estão seguras e, nós do Facebook, vamos continuar exigindo que o governo seja mais transparente sobre suas práticas e proteja as liberdades civis', acrescentou.

As primeiras reformas na NSA anunciadas em janeiro por Obama não convenceram em seu país, onde os legisladores democratas e republicanos, as empresas tecnológicas e os grandes meios de comunicação as tacharam imediatamente de pouco concretas.


Obama, que defendeu então em um discurso esperado o equilíbrio entre segurança e privacidade, não conseguiu satisfazer os que pedem que os programas de espionagem da NSA sejam mantidos intactos para evitar ataques contra os EUA, nem os que acreditam que os mesmos já foram longe demais.

A reunião de hoje na Casa Branca com os diretores das empresas tecnológicas está inserida, para a Administração Obama, em um 'contínuo diálogo sobre os temas de inteligência, tecnologia e privacidade'.

Compareceram ao encontro o fundador de Facebook, Mark Zuckerberg; o do Netflix, Reed Hastings; o presidente do Google, Eric Schmidt; assim como o fundador da Palantir, Alexander Karp; o executivo-chefe do Box, Aaron Levie, e do Dropbox, Drew Houston.

A única reação imediata após a reunião foi do Facebook e chegou uma semana depois que Zuckerberg expressou na rede social sua indignação pelas práticas das autoridades dos EUA na internet ao considerar que causam 'um dano' que terá consequências, uma queixa que levou até o próprio presidente da nação.

Zuckerberg disse então que se sente 'frustrado' e 'confuso' diante das 'repetidas informações sobre o comportamento do governo dos Estados Unidos', como disse em sua carta que foi divulgada justo no dia seguinte que o site 'The Intercept' reportou que a NSA utilizava o Facebook como álibi para sua espionagem.

Segundo esse site, fundado pelo jornalista Glenn Greenwald, que divulgou os polêmicos documentos originais de Snowden, as autoridades americanas mascaram seus servidores como se fossem os do Facebook para invadir os computadores de pessoas de seu interesse e ter acesso aos seus dados.

Em resposta a essa informação, a NSA emitiu na semana passada um breve comunicado no qual qualificou de 'equivocadas' tais afirmações.

Zuckerberg tem a impressão, no entanto, que as autoridades poderiam estar excedendo esses limites.

'Liguei para o presidente Obama para expressar minha frustração sobre o prejuízo que o governo está causando para todo o nosso futuro. Infelizmente, parece que ainda vai demorar muito tempo para uma reforma verdadeira e completa', comentou há uma semana.

Ainda resta saber como as outras empresas tecnológicas vão reagir e também o Congresso, ao qual Obama deixou a última palavra nesse assunto, na próxima semana, quando o governo apresentará suas reformas na NSA após meses de deliberações nas quais participaram vários departamentos.

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