Fabricante de próteses mamárias foi alvo de denúncias nos EUA
Documentos mostram que diversas pacientes reclamaram na justiça contra a marca francesa PIP
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2011 às 16h47.
Nova York - A fabricante francesa de próteses mamárias PIP foi alvo de diversas denúncias nos Estados Unidos, onde a empresa Heritage Worldwide comercializou os implantes até o ano 2000, segundo documentos divulgados nesta segunda-feira no site da autoridade dos mercados capitais americana (SEC).
A Heritage Worldwide, registrada no estado de Delaware (leste dos Estados Unidos), "e suas filiais desenham, fabricam e comercializam implantes mamários em todo o mundo", afirma o último relatório trimestral da companhia, de fevereiro de 2009.
"Deixamos de vender no mercado americano em maio de 2000, após uma mudança de regulamentação da FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos americana)", que suspendeu as próteses de silicone, afirma a mesma fonte.
Em maio de 2000, "o mercado americano representava 4 milhões de dólares, ou seja, 40% de nosso volume de negócios", informa o documento. Na época, as finanças da empresa decaíram e a partir de 2007 a companhia passou a acumular perdas.
A Poly Implant Protheses (PIP) foi alvo de denúncias não apenas por parte das mulheres que possuem implantes, mas também de distribuidores.
Um documento fechado em fevereiro de 2009 menciona três denúncias feitas por cinco membros da família Kwart na Flórida (sudeste) - em outubro de 1999, junho de 2000 e julho de 2003 -, contra as filiais Poly Implant Protheses, III Acquisition Corp. d/b/a PIP America e PIP/USA, Inc.
A família também fez acusações contra Jean Claude Mas, ex-diretor-geral da empresa, e outras pessoas diante do tribunal de Miami-Dade County.
Os denunciantes "buscam obter indenização por perdas e danos em um montante não especificado", afirma o documento.
As denúncias tornaram-se acusações coletivas formais em 2005, mas foram indeferidas uma atrás da outra até 2010.
A partir de 2003, a PIP foi também denunciada por dezenas de mulheres que portavam implantes mamários dessa marca, especialmente em Illinois (norte) e Texas (sul), mas até o início de 2009, nenhuma das queixas foi alvo de um processo judicial.
A empresa PIP, fundada em 1991, em Seyne-sur-Mer, chegou a produzir 100 mil próteses por ano, como terceira maior empresa mundial do ramo, e exportava quase 84% de sua produção.
No dia 23 de dezembro, o governo francês recomendou a retirada "de forma preventiva" das próteses mamárias da marca PIP de cerca de 30 mil mulheres na França, embora tenha esclarecido que não há provas de que estes implantes - que foram exportados a diversos países da Europa e da América Latina, inclusive ao Brasil - aumentem os riscos de câncer.
Cerca de 30.000 mulheres na França implantaram próteses mamárias da marca PIP. Algumas delas foram preenchidas com um gel de silicone impróprio para o uso medicinal, o que provoca um aumento do risco de ruptura e vazamento do envelope da prótese, de acordo com o governo francês.
Nova York - A fabricante francesa de próteses mamárias PIP foi alvo de diversas denúncias nos Estados Unidos, onde a empresa Heritage Worldwide comercializou os implantes até o ano 2000, segundo documentos divulgados nesta segunda-feira no site da autoridade dos mercados capitais americana (SEC).
A Heritage Worldwide, registrada no estado de Delaware (leste dos Estados Unidos), "e suas filiais desenham, fabricam e comercializam implantes mamários em todo o mundo", afirma o último relatório trimestral da companhia, de fevereiro de 2009.
"Deixamos de vender no mercado americano em maio de 2000, após uma mudança de regulamentação da FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos americana)", que suspendeu as próteses de silicone, afirma a mesma fonte.
Em maio de 2000, "o mercado americano representava 4 milhões de dólares, ou seja, 40% de nosso volume de negócios", informa o documento. Na época, as finanças da empresa decaíram e a partir de 2007 a companhia passou a acumular perdas.
A Poly Implant Protheses (PIP) foi alvo de denúncias não apenas por parte das mulheres que possuem implantes, mas também de distribuidores.
Um documento fechado em fevereiro de 2009 menciona três denúncias feitas por cinco membros da família Kwart na Flórida (sudeste) - em outubro de 1999, junho de 2000 e julho de 2003 -, contra as filiais Poly Implant Protheses, III Acquisition Corp. d/b/a PIP America e PIP/USA, Inc.
A família também fez acusações contra Jean Claude Mas, ex-diretor-geral da empresa, e outras pessoas diante do tribunal de Miami-Dade County.
Os denunciantes "buscam obter indenização por perdas e danos em um montante não especificado", afirma o documento.
As denúncias tornaram-se acusações coletivas formais em 2005, mas foram indeferidas uma atrás da outra até 2010.
A partir de 2003, a PIP foi também denunciada por dezenas de mulheres que portavam implantes mamários dessa marca, especialmente em Illinois (norte) e Texas (sul), mas até o início de 2009, nenhuma das queixas foi alvo de um processo judicial.
A empresa PIP, fundada em 1991, em Seyne-sur-Mer, chegou a produzir 100 mil próteses por ano, como terceira maior empresa mundial do ramo, e exportava quase 84% de sua produção.
No dia 23 de dezembro, o governo francês recomendou a retirada "de forma preventiva" das próteses mamárias da marca PIP de cerca de 30 mil mulheres na França, embora tenha esclarecido que não há provas de que estes implantes - que foram exportados a diversos países da Europa e da América Latina, inclusive ao Brasil - aumentem os riscos de câncer.
Cerca de 30.000 mulheres na França implantaram próteses mamárias da marca PIP. Algumas delas foram preenchidas com um gel de silicone impróprio para o uso medicinal, o que provoca um aumento do risco de ruptura e vazamento do envelope da prótese, de acordo com o governo francês.