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Exxon eleva previsão de investimentos para os próximos anos

Recursos serão aplicados no aumento da produção de petróleo e gás natural, com projetos concentrados na África, Rússia e Mar Cáspio

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

A Exxon Mobil, maior companhia petrolífera de capital aberto do mundo, irá elevar em 11% a média anual de investimentos entre 2007 e 2010. Com isso, os desembolsos da empresa somarão cerca de 20 bilhões de dólares por ano no período, contra os 18 bilhões previstos para 2006. Três quartos desse valor serão aplicados no aumento da exploração e produção de petróleo e gás natural.

Com os investimentos, a companhia pretende elevar a produção diária para 5 milhões de barris equivalentes de petróleo até 2010, contra os 4 milhões registrados no ano passado. A maior parte do crescimento virá de projetos no Oeste da África, Rússia e Mar Cáspio, além dos campos de gás natural do Catar. Já as operações nas Américas e na Europa deverão "declinar modestamente", segundo Stuart McGill, vice-presidente sênior para Exploração e Produção da empresa.

De acordo com o americano The Wall Street Journal, a companhia pretende atingir um volume diário de 6 milhões de barris em 2015. O presidente da Exxon, Rex Tillerson, negou que os planos de expansão sejam guiados por motivos de curto prazo, como a escalada dos preços internacionais do petróleo no último ano. "Investimos os recursos dos acionistas em projetos que mantenham a atratividade no longo prazo", disse.

A petrolífera já selecionou 46 projetos cujas operações devem começar em 2008, incluindo campos de óleo e gás no Canadá, Golfo do México e o Oeste africano. Para Tillerson, a concorrência das petrolíferas estatais de países emergentes - sobretudo China e Índia - não será grande. Nos últimos anos, essas nações têm ampliado sua participação no mercado mundial, a fim de garantir o suprimento de combustíveis para sua expansão econômica. Mas Tillerson acredita que a maior parte dessas empresas carece da experiência e da tecnologia necessárias para atuar em larga escala.

"Há muitas oportunidades que essas companhias não serão capazes de aproveitar, porque não possuem capacidade técnica", disse. Para o executivo, muitos dos negócios fechados pelas companhias estatais de países emergentes são "marginais" no contexto do mercado mundial de petróleo.

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