Exército sírio recupera controle de cidade cristã
Com a tomada desta cidade, hoje deserta, mas que chegou a ter 5.000 habitantes, o regime conclui seu controle da região de Qalamoun, ao norte de Damasco
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2014 às 16h20.
O Exército sírio , apoiado pelo Hezbollah libanês, recuperou nesta segunda-feira a antiga cidade cristã de Maaloula, ao norte de Damasco, onde três funcionários de uma rede de televisão do movimento xiita morreram.
Com a tomada desta cidade, hoje deserta, mas que chegou a ter 5.000 habitantes, o regime conclui seu controle da região de Qalamoun, ao norte de Damasco, um dia depois de o presidente Bashar al-Assad ter mencionado uma guinada do conflito a favor do regime.
"Al-Manar apresenta suas condolências pelos três colegas mártires, o correspondente Hamza al-Haj Hassane, o técnico Halim Alaw, assim como o cinegrafista Mohamad Matache, que foram mortos a tiros por grupos armados em Maaloula", anunciou a apresentadora da rede do partido xiita libanês.
Sua morte eleva para 31 o número de perdas entre os profissionais da informação (entre eles dez jornalistas estrangeiros) e para mais de cem as de cidadãos-jornalistas sírios mortos no exercício de suas funções na Síria desde o início da revolta, em março de 2011.
As mortes ocorreram após a tomada da localidade, que permaneceu nas mãos dos rebeldes por quatro meses.
"O Exército tomou Maalula e restabeleceu a segurança e a estabilidade. O terrorismo está aniquilado na região de Qalamoun", indicou à AFP uma fonte de segurança.
"Esta operação ocorre no âmbito da tomada de controle da região de Qalamoun. Um grande número de terroristas morreu, enquanto aqueles que escaparam serão perseguidos", acrescentou essa fonte.
Desde o início da rebelião popular, em março de 2011, o governo classifica de terroristas os opositores e rebeldes que buscam depor Assad.
O controle de Maaloula, situada 55 km ao norte de Damasco em uma estrada que liga a capital síria e o Líbano, "vai reforçar o controle dos postos na fronteira" com o Líbano, afirmou a fonte de segurança.
"A região de Qalamoun está praticamente sob controle do Hezbollah e das forças do regime", considerou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha.
Segundo diferentes estimativas, o Hezbollah conta com, no mínimo, 5.000 combatentes na Síria e está formando outros milhares no Líbano, antes de mobilizá-los. Acredita-se que 300 combatentes do movimento tenham morrido no conflito.
Especialistas afirmaram que a intervenção na Síria permitiu que os combatentes do movimento xiita adquirissem uma experiência na luta antiguerrilha, que antes era pequena. Depois de se defender dos tanques e aviões israelenses, o Hezbollah passou a lutar contra os "takfiri", nome dado aos islâmicos sunitas hostis a Assad.
"Uma nova geração de combatentes do Hezbollah está surgindo na Síria", afirmou Andrew Exum, um ex-funcionário de alto escalão da Secretaria de Defesa americana.
A participação do Hezbollah libanês no conflito sírio permitiu que este movimento xiita "adquirisse um bom conhecimento da guerra irregular e uma experiência de combate", considerou Jeffrey White, um ex-agente de inteligência militar americano.
"O Hezbollah está realizando operações, inclusive ofensivas, e não apenas lutando em batalhas táticas", escreveu White em um relatório para o Combating Terrorism Center (CTC, Centro de Combate ao Terrorismo) da Academia Militar de West Point.
Graças, entre outras coisas, a esta intervenção do Hezbollah, as tropas do governo retomaram recentemente o controle de cidades-chave, como Yabroud ou Rankous.
No domingo, Assad mencionou uma guinada na guerra a favor do regime.
"Há uma guinada na crise, em nível militar, e o Exército registra permanentemente conquistas na guerra contra o terrorismo", declarou Assad.
Apesar desse avanço, os rebeldes conseguiram penetrar na região litorânea de Latakia, reduto de presidente sírio.
O Exército sírio , apoiado pelo Hezbollah libanês, recuperou nesta segunda-feira a antiga cidade cristã de Maaloula, ao norte de Damasco, onde três funcionários de uma rede de televisão do movimento xiita morreram.
Com a tomada desta cidade, hoje deserta, mas que chegou a ter 5.000 habitantes, o regime conclui seu controle da região de Qalamoun, ao norte de Damasco, um dia depois de o presidente Bashar al-Assad ter mencionado uma guinada do conflito a favor do regime.
"Al-Manar apresenta suas condolências pelos três colegas mártires, o correspondente Hamza al-Haj Hassane, o técnico Halim Alaw, assim como o cinegrafista Mohamad Matache, que foram mortos a tiros por grupos armados em Maaloula", anunciou a apresentadora da rede do partido xiita libanês.
Sua morte eleva para 31 o número de perdas entre os profissionais da informação (entre eles dez jornalistas estrangeiros) e para mais de cem as de cidadãos-jornalistas sírios mortos no exercício de suas funções na Síria desde o início da revolta, em março de 2011.
As mortes ocorreram após a tomada da localidade, que permaneceu nas mãos dos rebeldes por quatro meses.
"O Exército tomou Maalula e restabeleceu a segurança e a estabilidade. O terrorismo está aniquilado na região de Qalamoun", indicou à AFP uma fonte de segurança.
"Esta operação ocorre no âmbito da tomada de controle da região de Qalamoun. Um grande número de terroristas morreu, enquanto aqueles que escaparam serão perseguidos", acrescentou essa fonte.
Desde o início da rebelião popular, em março de 2011, o governo classifica de terroristas os opositores e rebeldes que buscam depor Assad.
O controle de Maaloula, situada 55 km ao norte de Damasco em uma estrada que liga a capital síria e o Líbano, "vai reforçar o controle dos postos na fronteira" com o Líbano, afirmou a fonte de segurança.
"A região de Qalamoun está praticamente sob controle do Hezbollah e das forças do regime", considerou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha.
Segundo diferentes estimativas, o Hezbollah conta com, no mínimo, 5.000 combatentes na Síria e está formando outros milhares no Líbano, antes de mobilizá-los. Acredita-se que 300 combatentes do movimento tenham morrido no conflito.
Especialistas afirmaram que a intervenção na Síria permitiu que os combatentes do movimento xiita adquirissem uma experiência na luta antiguerrilha, que antes era pequena. Depois de se defender dos tanques e aviões israelenses, o Hezbollah passou a lutar contra os "takfiri", nome dado aos islâmicos sunitas hostis a Assad.
"Uma nova geração de combatentes do Hezbollah está surgindo na Síria", afirmou Andrew Exum, um ex-funcionário de alto escalão da Secretaria de Defesa americana.
A participação do Hezbollah libanês no conflito sírio permitiu que este movimento xiita "adquirisse um bom conhecimento da guerra irregular e uma experiência de combate", considerou Jeffrey White, um ex-agente de inteligência militar americano.
"O Hezbollah está realizando operações, inclusive ofensivas, e não apenas lutando em batalhas táticas", escreveu White em um relatório para o Combating Terrorism Center (CTC, Centro de Combate ao Terrorismo) da Academia Militar de West Point.
Graças, entre outras coisas, a esta intervenção do Hezbollah, as tropas do governo retomaram recentemente o controle de cidades-chave, como Yabroud ou Rankous.
No domingo, Assad mencionou uma guinada na guerra a favor do regime.
"Há uma guinada na crise, em nível militar, e o Exército registra permanentemente conquistas na guerra contra o terrorismo", declarou Assad.
Apesar desse avanço, os rebeldes conseguiram penetrar na região litorânea de Latakia, reduto de presidente sírio.