Exército sírio ataca rebeldes, Cruz Vermelha ajuda refugiados
Sete civis morreram neste domingo a cidade rebelde de Rastan
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2012 às 12h52.
Damasco - Atiradores sírios atacaram neste domingo a cidade rebelde de Rastan, matando sete civis, informaram observadores, no momento em que a Cruz Vermelha começa a distribuir ajuda a refugiados provenientes do distrito atacado de Baba Amr, nos arredores de Homs.
A ajuda humanitária chega enquanto as agências aguardam pelo terceiro dia consecutivo a autorização para entrar em Baba Amr, onde centenas de pessoas foram mortas e outras tantas feridas na ofensiva que já dura quase um mês.
O ataque a Rastan, que o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) disse que matou ao menos sete pessoas, incluindo quatro crianças, quando uma casa foi atingida, coincidiu com uma convocação da China para que todas as partes na Síria deem "incondicionalmente" um fim à violência.
"Desde o amanhecer, as posições de desertores no norte de Rastan foram alvo de intensos bombardeios", disse Rami Abdel Rahman, presidente do Observatório, sediado em Londres.
Os rebeldes declararam no dia 5 de fevereiro que Rastan estava "libertada" do controle do presidente Bashar al-Assad, mas desde que Homs foi retomada pelas forças do regime, na quinta-feira, os desertores estão se preparando para um ataque contra Rastan e Qusayr, também perto de Homs.
Rastan é uma cidade estratégica, assim como Homs, já que se localiza na principal estrada que liga Damasco ao norte da Síria.
O Observatório reportou na sexta-feira a morte de 12 civis, incluindo cinco crianças, depois que um foguete caiu em uma multidão que protestava em Rastan.
A AFP não pôde verificar imediatamente as informações do Observatório, devido às restrições impostas à imprensa estrangeira na Síria.
Os rebeldes fugiram da região de Baba Amr, em Homs, na quinta-feira, diante de um ataque terrestre realizado pelas forças do regime após bombardeios realizados desde o início de fevereiro, que, segundo a organização Human Rights Watch, já mataram cerca de 700 pessoas.
A HRW afirmou que em algumas ocasiões caíam cerca de 100 bombas por hora em Baba Amr e que imagens de satélites mostraram 640 edifícios visivelmente danificados, mas ressaltou que a situação real poderia ser pior.
As autoridades sírias foram condenadas pela comunidade internacional por proibir a entrada de comboios da Cruz Vermelha em Baba Amr para evacuar os feridos e entregar suprimentos de emergência.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou que entregou suprimentos de emergência neste domingo para refugiados de Baba Amr em uma cidade próxima do centro da Síria.
"Começamos a distribuir ajuda humanitária na cidade de Abel, a três quilômetros de Baba Amr", informou o porta-voz da Cruz Vermelha, Saleh Dabbakeh, à AFP.
"Muitos refugiados de Baba Amr estão em Abel", disse, acrescentando que estavam recebendo alimentos e cobertores.
Dabbakeh disse que uma operação similar seria realizada em Inshaat, outro distrito de Homs, enquanto o CICV e o Crescente Vermelho Árabe Sírio aguardavam uma autorização para entrar em Baba Amr.
Um comboio com sete caminhões organizado por grupos de ajuda humanitária aguarda desde sexta-feira para entrar em Baba Amr, com as autoridades afirmando que estava sendo barrado para sua própria segurança, devido à presença de bombas e minas.
Em meio à revolta internacional pelo atraso, o presidente da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, afirmou: "É inaceitável que as pessoas que precisam de assistência emergencial há semanas ainda não tenham recebido nenhuma ajuda".
Ativistas da oposição acusam o regime de querer encobrir seus crimes em Baba Amr antes de dar acesso aos trabalhadores humanitários.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon exigiu acesso humanitário incondicional às cidades sírias, afirmando que existem informes "horrendos" sobre execuções sumárias e tortura em Homs, a terceira maior cidade da Síria.
O fotógrafo britânico Paul Conroy, ferido na queda de um foguete em Baba Amr no dia 22 de fevereiro que matou dois colegas, afirmou que o bombardeio da cidade sitiada ascendeu a "um cerco e uma matança medievais" e denunciou o governo de Damasco como "assassino".
Os corpos da jornalista americana Marie Colvin e do fotógrafo francês Remi Ochlik, mortos no bombardeio, foram levados a Paris de Damasco neste domingo.
A China, que se uniu duas vezes à Rússia ao vetar resoluções do Conselho de Segurança da ONU contra a repressão realizada pela Síria, pediu o fim da violência.
A agência de notícias Xinhua citou um comunicado do ministério das Relações Exteriores atribuído a um funcionário desconhecido no qual o país pedia o diálogo entre o regime da síria e os que expressavam "aspirações políticas".
Mas o funcionário supostamente acrescentou: "Somos contra qualquer interferência nas questões internas da Síria sobre o pretexto de 'questões humanitárias'".
O Observatório Sírio informou sobre ao menos 44 pessoas mortas na Síria no sábado, incluindo 14 membros das forças de segurança que faleceram em confrontos com desertores em Deraa, o berço da revolta contra o regime.
As Nações Unidas afirmaram que mais de 7.500 pessoas foram mortas desde março na repressão da revolta no país.
Damasco - Atiradores sírios atacaram neste domingo a cidade rebelde de Rastan, matando sete civis, informaram observadores, no momento em que a Cruz Vermelha começa a distribuir ajuda a refugiados provenientes do distrito atacado de Baba Amr, nos arredores de Homs.
A ajuda humanitária chega enquanto as agências aguardam pelo terceiro dia consecutivo a autorização para entrar em Baba Amr, onde centenas de pessoas foram mortas e outras tantas feridas na ofensiva que já dura quase um mês.
O ataque a Rastan, que o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) disse que matou ao menos sete pessoas, incluindo quatro crianças, quando uma casa foi atingida, coincidiu com uma convocação da China para que todas as partes na Síria deem "incondicionalmente" um fim à violência.
"Desde o amanhecer, as posições de desertores no norte de Rastan foram alvo de intensos bombardeios", disse Rami Abdel Rahman, presidente do Observatório, sediado em Londres.
Os rebeldes declararam no dia 5 de fevereiro que Rastan estava "libertada" do controle do presidente Bashar al-Assad, mas desde que Homs foi retomada pelas forças do regime, na quinta-feira, os desertores estão se preparando para um ataque contra Rastan e Qusayr, também perto de Homs.
Rastan é uma cidade estratégica, assim como Homs, já que se localiza na principal estrada que liga Damasco ao norte da Síria.
O Observatório reportou na sexta-feira a morte de 12 civis, incluindo cinco crianças, depois que um foguete caiu em uma multidão que protestava em Rastan.
A AFP não pôde verificar imediatamente as informações do Observatório, devido às restrições impostas à imprensa estrangeira na Síria.
Os rebeldes fugiram da região de Baba Amr, em Homs, na quinta-feira, diante de um ataque terrestre realizado pelas forças do regime após bombardeios realizados desde o início de fevereiro, que, segundo a organização Human Rights Watch, já mataram cerca de 700 pessoas.
A HRW afirmou que em algumas ocasiões caíam cerca de 100 bombas por hora em Baba Amr e que imagens de satélites mostraram 640 edifícios visivelmente danificados, mas ressaltou que a situação real poderia ser pior.
As autoridades sírias foram condenadas pela comunidade internacional por proibir a entrada de comboios da Cruz Vermelha em Baba Amr para evacuar os feridos e entregar suprimentos de emergência.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou que entregou suprimentos de emergência neste domingo para refugiados de Baba Amr em uma cidade próxima do centro da Síria.
"Começamos a distribuir ajuda humanitária na cidade de Abel, a três quilômetros de Baba Amr", informou o porta-voz da Cruz Vermelha, Saleh Dabbakeh, à AFP.
"Muitos refugiados de Baba Amr estão em Abel", disse, acrescentando que estavam recebendo alimentos e cobertores.
Dabbakeh disse que uma operação similar seria realizada em Inshaat, outro distrito de Homs, enquanto o CICV e o Crescente Vermelho Árabe Sírio aguardavam uma autorização para entrar em Baba Amr.
Um comboio com sete caminhões organizado por grupos de ajuda humanitária aguarda desde sexta-feira para entrar em Baba Amr, com as autoridades afirmando que estava sendo barrado para sua própria segurança, devido à presença de bombas e minas.
Em meio à revolta internacional pelo atraso, o presidente da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, afirmou: "É inaceitável que as pessoas que precisam de assistência emergencial há semanas ainda não tenham recebido nenhuma ajuda".
Ativistas da oposição acusam o regime de querer encobrir seus crimes em Baba Amr antes de dar acesso aos trabalhadores humanitários.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon exigiu acesso humanitário incondicional às cidades sírias, afirmando que existem informes "horrendos" sobre execuções sumárias e tortura em Homs, a terceira maior cidade da Síria.
O fotógrafo britânico Paul Conroy, ferido na queda de um foguete em Baba Amr no dia 22 de fevereiro que matou dois colegas, afirmou que o bombardeio da cidade sitiada ascendeu a "um cerco e uma matança medievais" e denunciou o governo de Damasco como "assassino".
Os corpos da jornalista americana Marie Colvin e do fotógrafo francês Remi Ochlik, mortos no bombardeio, foram levados a Paris de Damasco neste domingo.
A China, que se uniu duas vezes à Rússia ao vetar resoluções do Conselho de Segurança da ONU contra a repressão realizada pela Síria, pediu o fim da violência.
A agência de notícias Xinhua citou um comunicado do ministério das Relações Exteriores atribuído a um funcionário desconhecido no qual o país pedia o diálogo entre o regime da síria e os que expressavam "aspirações políticas".
Mas o funcionário supostamente acrescentou: "Somos contra qualquer interferência nas questões internas da Síria sobre o pretexto de 'questões humanitárias'".
O Observatório Sírio informou sobre ao menos 44 pessoas mortas na Síria no sábado, incluindo 14 membros das forças de segurança que faleceram em confrontos com desertores em Deraa, o berço da revolta contra o regime.
As Nações Unidas afirmaram que mais de 7.500 pessoas foram mortas desde março na repressão da revolta no país.