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Exército da Tailândia aceita reunião com líder de protestos

Comandantes concordaram em se reunir no fim de semana com o líder do movimento que busca derrubar a primeira-ministra

Soldado é visto em frente a um caminhão de polícia depredado em Bangcoc, na Tailândia (Athit Perawongmetha/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 16h56.

Bangcoc - Os comandantes do poderoso Exército da Tailândia concordaram nesta quinta-feira em se reunir no fim de semana com o líder do movimento que busca derrubar a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, aprofundando assim as incertezas sobre o futuro político imediato do país.

A primeira-ministra convocou eleições antecipadas para 2 de fevereiro, mas isso não satisfez os opositores. Eles defendem que uma liderança não eleita assuma o governo do país, cientes de que um pleito teria provavelmente como resultado um outro governo controlado por Thaksin Shinawatra, o polêmico irmão bilionário da premiê.

As Forças Armadas divulgaram um comunicado no fim desta quinta-feira dizendo que haviam convidado o líder dos protestos de oposição, Suthep Thaugsuban, para se juntar aos chefes do Exército, da Marinha e da Força Aérea num seminário no sábado com o objetivo de "achar uma saída para a Tailândia". Outros "interessados" também participariam, mas o texto não entrou em detalhes.

Os militares têm procurado se manter oficialmente neutros no conflito, mas Suthep vinha tentando envolver os generais nos seus discursos diários transmitidos pela TV, quando ele pedia para as Forças Armadas tomarem partido na disputa.

Para os manifestantes, Yingluck é uma marionete de Thaksin, o magnata que continua no centro da política tailandesa, apesar de ter sido derrubado num golpe militar em 2006 e ter fugido do país. Os opositores querem que a família inteira se junte a Thaksin no exílio. Eles os acusam de corrupção e de usar dinheiro público para comprar o apoio da população rural pobre.

O comportamento dos militares na disputa têm sido objeto de atenção, uma vez que eles têm apoiado nos últimos anos os inimigos de Thaksin na elite de Bangcoc.

Ainda é cedo para dizer se a decisão dos militares de se encontrar com Suthep é um sinal de apoio ao movimento de oposição ou um esforço deles para se apresentarem como mediadores do conflito.

O encontro pode ser o que Suthep precisava para reanimar os seus simpatizantes. O número de manifestantes nas ruas tem caído nesta semana. O líder opositor tem proposto muito pouco em termos de políticas de governo.

A premiê Yingluck tem se recusado a renunciar. A polícia tem agido de forma comedida, e simpatizantes do governo têm ficado longe das manifestações de oposição para evitar enfrentamentos e um possível pretexto para os generais intervirem.

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Bangcoc - Os comandantes do poderoso Exército da Tailândia concordaram nesta quinta-feira em se reunir no fim de semana com o líder do movimento que busca derrubar a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, aprofundando assim as incertezas sobre o futuro político imediato do país.

A primeira-ministra convocou eleições antecipadas para 2 de fevereiro, mas isso não satisfez os opositores. Eles defendem que uma liderança não eleita assuma o governo do país, cientes de que um pleito teria provavelmente como resultado um outro governo controlado por Thaksin Shinawatra, o polêmico irmão bilionário da premiê.

As Forças Armadas divulgaram um comunicado no fim desta quinta-feira dizendo que haviam convidado o líder dos protestos de oposição, Suthep Thaugsuban, para se juntar aos chefes do Exército, da Marinha e da Força Aérea num seminário no sábado com o objetivo de "achar uma saída para a Tailândia". Outros "interessados" também participariam, mas o texto não entrou em detalhes.

Os militares têm procurado se manter oficialmente neutros no conflito, mas Suthep vinha tentando envolver os generais nos seus discursos diários transmitidos pela TV, quando ele pedia para as Forças Armadas tomarem partido na disputa.

Para os manifestantes, Yingluck é uma marionete de Thaksin, o magnata que continua no centro da política tailandesa, apesar de ter sido derrubado num golpe militar em 2006 e ter fugido do país. Os opositores querem que a família inteira se junte a Thaksin no exílio. Eles os acusam de corrupção e de usar dinheiro público para comprar o apoio da população rural pobre.

O comportamento dos militares na disputa têm sido objeto de atenção, uma vez que eles têm apoiado nos últimos anos os inimigos de Thaksin na elite de Bangcoc.

Ainda é cedo para dizer se a decisão dos militares de se encontrar com Suthep é um sinal de apoio ao movimento de oposição ou um esforço deles para se apresentarem como mediadores do conflito.

O encontro pode ser o que Suthep precisava para reanimar os seus simpatizantes. O número de manifestantes nas ruas tem caído nesta semana. O líder opositor tem proposto muito pouco em termos de políticas de governo.

A premiê Yingluck tem se recusado a renunciar. A polícia tem agido de forma comedida, e simpatizantes do governo têm ficado longe das manifestações de oposição para evitar enfrentamentos e um possível pretexto para os generais intervirem.

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