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Ex-vice-presidente do Exército chinês é expulso do PCCh

General reformado foi expulso do Partido Comunista da China por suspeitas de corrupção

O general reformado Xu Caihou: Caihou é o antigo número dois da hierarquia militar chinesa (Kevin Lamarque/Files/Reuters)

O general reformado Xu Caihou: Caihou é o antigo número dois da hierarquia militar chinesa (Kevin Lamarque/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 11h03.

Pequim - O general reformado Xu Caihou, antigo número dois da hierarquia militar chinesa, foi expulso do Partido Comunista (PCCh) nesta segunda-feira por suspeitas de corrupção, mas seu caso segue sendo investigado pela promotoria, informou o Comitê Central do partido através da agência oficial "Xinhua".

"As investigações descobriram que Xu se aproveitou de seu cargo (vice-presidente da Comissão Militar Central, o principal órgão militar do país) para ajudar a ascensão de algumas pessoas, e aceitou subornos pessoalmente ou através de familiares", indicou em comunicado o comitê, liderado pelo presidente do país, Xi Jinping.

O caso "é grave e produziu um vil impacto", assegura a nota oficial, na qual se acrescenta que o ex-general e sua família também obtiveram propriedades e grandes somas em troca de outros favores.

O anúncio divulgado hoje, após três meses de investigação, põe fim às especulações em torno de Xu.

Em março, a imprensa independente de Hong Kong assegurou que o general havia sido detido em um hospital de Pequim, onde era tratado de um câncer de bexiga. No entanto, o governo chinês não chegou a confirmar tal informação.

Xu, cuja esposa e filha foram detidas em relação com o mesmo caso, será o primeiro comandante militar a ser julgado por um crime de corrupção.

Os analistas esperavam que o caso Xu fosse "suspenso" pelo regime comunista, por causa de seu delicado estado de saúde, mas também por sua enorme influência no Exército de Libertação Popular na política chinesa.

O ex-general começou a fazer parte da Comissão Militar Central - órgão dirigente das Forças Armadas chinesas e "terceiro braço" do poder no país, junto ao Partido Comunista e ao governo - em 1999, cinco anos antes do mesmo assumir a sua vice-presidência em 2004.

Ao longo da última década, durante o mandato do presidente Hu Jintao, Xu passou a ter uma grande influência nas Forças Armadas chinesas.

Os rumores sobre sua queda começaram a circular há um ano, quando deixou formalmente o cargo de "número dois" da Comissão Militar Central e já não comparecia, como de costume, nas sessões da Assembleia Nacional do Povo (ANP), o Legislativo chinês.

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