Ex-presidente de banco é condenado no Afeganistão
Sherkan Farnud foi condenado por uma fraude de mais de US$ 900 milhões, no maior caso de corrupção na história recente do Afeganistão
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2014 às 15h04.
Cabul - Um tribunal condenou nesta terça-feira a 15 anos de prisão e a uma multa de US$ 237 milhões o ex-presidente do Banco de Cabul, Sherkan Farnud, por uma fraude de mais de US$ 900 milhões, no maior caso de corrupção na história recente do Afeganistão .
Junto com Farnud, o ex-diretor-gerente da entidade, Khalilullah Ferozi, também foi condenado a 15 anos de prisão por fraude e desvio, mas a sentença pode ser recorrida, segundo a decisão judicial.
Os dois ex-diretores do maior banco privado do país estavam há quatro anos na prisão, após terem sido condenados a cinco anos de prisão anteriormente.
O veredito também condena a um ano de prisão três funcionários desta entidade fundada em 2004 por Farnud.
Os juízes também ordenaram a imobilização de propriedades de, entre outros, Mahmoud Karzai, irmão do ex-presidente afegão Hamid Karzai, e de Hasin Fahim, irmão do ex-vice-presidente Qasim Fahim, já falecido, por não ter devolvido empréstimos da entidade.
A polícia deteve hoje cinco pessoas por sua suposta relação com o caso por ordem da Procuradoria Anticorrupção do país, segundo informaram fontes do Ministério do Interior afegão à agência local "Khaama Press".
Após chegar ao poder, no último mês de setembro, o presidente afegão, Ashraf Gani, ordenou que no prazo de 45 dias, que terminava esta semana, fosse reaberto este processo, que remonta a 2010, no marco da luta contra a corrupção empreendida pelo novo líder.
O caso foi revelado esse ano após a descoberta do desvio de mais de US$ 900 milhões a familiares e amigos, em uma fraude de tal magnitude que motivou a intervenção do governo afegão e dos Estados Unidos para evitar a quebra do banco.
Uma boa parte dos fundos desviados foram investidos em propriedades de luxo em Dubai.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendeu temporariamente créditos de centenas de milhões de dólares para o Afeganistão, depois que "o maior golpe ao sistema bancário do país prejudicasse sua reputação no mundo", disse à agência Efe um analista da Universidade de Nangarhar, Ebadullah Nasery.
A suspensão temporária de fundos "privou um país golpeado pela guerra de milhões de dólares em ajuda", ressaltou este analista.
O Banco de Cabul é responsável pelo pagamento dos salários das forças de segurança afegãs, motivo pelo qual é um dos alvos frequentes dos ataques da insurgência no país asiático.
Cabul - Um tribunal condenou nesta terça-feira a 15 anos de prisão e a uma multa de US$ 237 milhões o ex-presidente do Banco de Cabul, Sherkan Farnud, por uma fraude de mais de US$ 900 milhões, no maior caso de corrupção na história recente do Afeganistão .
Junto com Farnud, o ex-diretor-gerente da entidade, Khalilullah Ferozi, também foi condenado a 15 anos de prisão por fraude e desvio, mas a sentença pode ser recorrida, segundo a decisão judicial.
Os dois ex-diretores do maior banco privado do país estavam há quatro anos na prisão, após terem sido condenados a cinco anos de prisão anteriormente.
O veredito também condena a um ano de prisão três funcionários desta entidade fundada em 2004 por Farnud.
Os juízes também ordenaram a imobilização de propriedades de, entre outros, Mahmoud Karzai, irmão do ex-presidente afegão Hamid Karzai, e de Hasin Fahim, irmão do ex-vice-presidente Qasim Fahim, já falecido, por não ter devolvido empréstimos da entidade.
A polícia deteve hoje cinco pessoas por sua suposta relação com o caso por ordem da Procuradoria Anticorrupção do país, segundo informaram fontes do Ministério do Interior afegão à agência local "Khaama Press".
Após chegar ao poder, no último mês de setembro, o presidente afegão, Ashraf Gani, ordenou que no prazo de 45 dias, que terminava esta semana, fosse reaberto este processo, que remonta a 2010, no marco da luta contra a corrupção empreendida pelo novo líder.
O caso foi revelado esse ano após a descoberta do desvio de mais de US$ 900 milhões a familiares e amigos, em uma fraude de tal magnitude que motivou a intervenção do governo afegão e dos Estados Unidos para evitar a quebra do banco.
Uma boa parte dos fundos desviados foram investidos em propriedades de luxo em Dubai.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendeu temporariamente créditos de centenas de milhões de dólares para o Afeganistão, depois que "o maior golpe ao sistema bancário do país prejudicasse sua reputação no mundo", disse à agência Efe um analista da Universidade de Nangarhar, Ebadullah Nasery.
A suspensão temporária de fundos "privou um país golpeado pela guerra de milhões de dólares em ajuda", ressaltou este analista.
O Banco de Cabul é responsável pelo pagamento dos salários das forças de segurança afegãs, motivo pelo qual é um dos alvos frequentes dos ataques da insurgência no país asiático.