Mundo

Ex-premiê italiano reivindica mérito por fim da Guerra Fria

“Quando eu estava no governo em 2001, disse publicamente que queria acabar com o conflito, que já durava 50 anos”, disse Silvio Berlusconi

Silvio Berlusconi quer mérito por fim da Guerra Fria (Remo Casilli/Reuters)

Silvio Berlusconi quer mérito por fim da Guerra Fria (Remo Casilli/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 11h49.

Roma - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi tem reivindicado muitos feitos durante a conturbada campanha eleitoral da Itália, e nesta quinta-feira acrescentou mais um à lista: ele disse ter sido o principal arquiteto do fim da Guerra Fria.

“Quando eu estava no governo em 2001, disse publicamente que queria acabar com a Guerra Fria, que já durava 50 anos e era uma angústia terrível”, disse o líder do bloco de centro-direita italiano em um talk show na televisão.

Isso surpreenderia muitos historiadores, que afirmam que a Guerra Fria terminou entre a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o colapso da União Soviética, em 1991.

Mas Berlusconi sustentou que ela terminou em maio de 2002, em uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que ele presidiu perto de Roma e que contou com a presença do presidente norte-americano, George W. Bush, e do presidente russo, Vladimir Putin.

“E eu consegui (acabar com a Guerra Fria) porque aqui em Roma, na (base aérea) Pratica di Mare, em 2002, convenci George Bush e Vladimir Putin, usando todos os meus talentos de relações amistosas, a encerrarem a Guerra Fria”.

Ele disse que isso foi feito com “a assinatura de um tratado com a Otan que previa a cooperação entre a Federação Russa e a Otan em muitos setores, começando com o tráfico de drogas e o tráfico de armas”.

A cúpula terminou com uma declaração sobre as relações entre Otan e Rússia que proporcionou mecanismos de consulta e cooperação.

A aliança conservadora formada pela Força Itália, de Berlusconi, e seus aliados de direita Liga Norte e Irmãos da Itália deve conquistar a maioria dos assentos nas eleições de 4 de março, mas as pesquisas indicam que o grupo provavelmente não obterá uma maioria absoluta.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesGuerrasItália

Mais de Mundo

Republicanos exigem renúncia de Biden, e democratas celebram legado

Apesar de Kamala ter melhor desempenho que Biden, pesquisas mostram vantagem de Trump após ataque

A estratégia dos republicanos para lidar com a saída de Biden

Se eleita, Kamala será primeira mulher a presidir os EUA

Mais na Exame