Ex-magnata russo Khodorkovski completa 10 anos na prisão
O ex-magnata russo do petróleo e crítico do Kremlin Mikhail Khodorkovski completa nesta sexta-feira 10 anos de prisão
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 12h37.
Moscou - O ex-magnata russo do petróleo e crítico do Kremlin Mikhail Khodorkovski completa nesta sexta-feira 10 anos de prisão, um aniversário que marca a política do presidente Vladimir Putin , segundo analistas.
"Há exatamente 10 anos Mikhail Khodorkovski foi detido. Este fato mostrou definitivamente o caminho que seguia o regime de Vladimir Putin", afirma o jornal opositor Novaia Gazeta.
"Depois do episódio Khodorkovski, a prisão se transformou em um meio universal para solucionar problemas irresolúveis, sejam políticos, econômicos ou ideológicos", destaca o jornal.
Em 25 de outubro de 2003, o então homem mais rico e um dos mais influentes da Rússia foi detido em um aeroporto da Sibéria por membros das forças especiais russas, Spetznaz.
Após longos processos judiciais, o oligarca e seu sócio Platon Lebedev foram condenados em 2005 a oito anos de prisão por "corrupção e fraude fiscal", uma pena que aumentou a 14 anos em 2010, após um segundo julgamento por "roubo de petróleo e lavagem" de 23,5 milhões de dólares.
A condenação foi posteriormente reduzida em duas ocasiões, o que permite prever a libertação do ex-proprietário do grupo petroleiro Yukos, atualmente com 50 anos, em agosto de 2014.
"Com a detenção de Khodorkovski, o regime político entrou em uma nova fase. A luta contra a Yukos em geral ou contra homens de negócios liberais e independentes se tornou a ideologia do regime", afirma um grupo de ativistas dos direitos humanos em um comunicado conjunto.
"Atualmente, o sistema de gestão do país se chama 'Vladimir v. Putin'; Isto pode mudar?", questionou Khodorkovski em um artigo publicado no jornal New York Times.
"Há poucas possibilidades de que Putin ceda os poderes presidenciais, inclusive temporariamente, uma segunda vez. Não poderá controlar o sucessor", completou.
Para Andrei Kolesnikov, analista do Novaia Gazeta, o Kremlin teme libertar o empresário.
"Enquanto Khodorkovski for um refém, o presidente seguirá no cargo. Todo mundo esqueceu como é viver com Mikhail Khodorkovski em liberdade. Não sabem o que acontecerá então. Temem esta incerteza até a libertação em 2014", escreveu.
Moscou - O ex-magnata russo do petróleo e crítico do Kremlin Mikhail Khodorkovski completa nesta sexta-feira 10 anos de prisão, um aniversário que marca a política do presidente Vladimir Putin , segundo analistas.
"Há exatamente 10 anos Mikhail Khodorkovski foi detido. Este fato mostrou definitivamente o caminho que seguia o regime de Vladimir Putin", afirma o jornal opositor Novaia Gazeta.
"Depois do episódio Khodorkovski, a prisão se transformou em um meio universal para solucionar problemas irresolúveis, sejam políticos, econômicos ou ideológicos", destaca o jornal.
Em 25 de outubro de 2003, o então homem mais rico e um dos mais influentes da Rússia foi detido em um aeroporto da Sibéria por membros das forças especiais russas, Spetznaz.
Após longos processos judiciais, o oligarca e seu sócio Platon Lebedev foram condenados em 2005 a oito anos de prisão por "corrupção e fraude fiscal", uma pena que aumentou a 14 anos em 2010, após um segundo julgamento por "roubo de petróleo e lavagem" de 23,5 milhões de dólares.
A condenação foi posteriormente reduzida em duas ocasiões, o que permite prever a libertação do ex-proprietário do grupo petroleiro Yukos, atualmente com 50 anos, em agosto de 2014.
"Com a detenção de Khodorkovski, o regime político entrou em uma nova fase. A luta contra a Yukos em geral ou contra homens de negócios liberais e independentes se tornou a ideologia do regime", afirma um grupo de ativistas dos direitos humanos em um comunicado conjunto.
"Atualmente, o sistema de gestão do país se chama 'Vladimir v. Putin'; Isto pode mudar?", questionou Khodorkovski em um artigo publicado no jornal New York Times.
"Há poucas possibilidades de que Putin ceda os poderes presidenciais, inclusive temporariamente, uma segunda vez. Não poderá controlar o sucessor", completou.
Para Andrei Kolesnikov, analista do Novaia Gazeta, o Kremlin teme libertar o empresário.
"Enquanto Khodorkovski for um refém, o presidente seguirá no cargo. Todo mundo esqueceu como é viver com Mikhail Khodorkovski em liberdade. Não sabem o que acontecerá então. Temem esta incerteza até a libertação em 2014", escreveu.