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Ex-líder anticomunista da Polônia reza em funeral de inimigo

Gritos de raiva de manifestantes na rua puderam ser ouvidos de dentro da catedral onde a missa estava sendo realizada

Protesto contra Wojciech Jaruzelski em seu funeral: general morreu no domingo aos 90 anos (Kacper Pempel/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 12h37.

Varsóvia - Lech Walesa, líder do movimento Solidariedade que encerrou o comunismo na Polônia , ajoelhou-se para rezar nesta sexta-feira em um grande funeral católico para o general Wojciech Jaruzelski, o líder comunista que por décadas foi seu inimigo declarado.

Gritos de raiva de manifestantes na rua puderam ser ouvidos de dentro da catedral onde a missa estava sendo realizada, um lembrete de que muitos poloneses não estão prontos para se reconciliar com Jaruzelski, o qual ordenou violenta repressão a ativistas pró-democracia antes da queda da Cortina de Ferro em 1989.

O general morreu no domingo aos 90 anos. Ele declarou lei marcial em 1981 para pôr um fim ao movimento de Walesa, e seus subordinados mataram dezenas de pessoas.

Apesar disso, ele também era elogiado por seu papel em conduzir a Polônia à democracia: ele permitiu a realização de eleições parcialmente livres, e, quando elas foram vencidas por seus oponentes anticomunistas, ausentou-se do poder sem derramamento de sangue.

Walesa, de 70 anos, vestido de terno e gravata preto, sentou-se em um banco da frente da Catedral do Exército Polonês, junto ao atual presidente do país, Bronislaw Komorowski, e o ex-chefe de Estado Aleksander Kwasniewski.

Quando o bispo Jozef Guzdek, que estava celebrando a missa, pediu que os fiéis se cumprimentassem em sinal de paz, Walesa cruzou o corredor e apertou as mãos da viúva de Jaruzelski, Barbara, de sua filha Monika e de seu jovem neto.

Cerca de 300 manifestantes estavam do lado de fora da catedral, e alguns bradavam lemas anticomunistas.

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Gritos de raiva de manifestantes na rua puderam ser ouvidos de dentro da catedral onde a missa estava sendo realizada, um lembrete de que muitos poloneses não estão prontos para se reconciliar com Jaruzelski, o qual ordenou violenta repressão a ativistas pró-democracia antes da queda da Cortina de Ferro em 1989.

O general morreu no domingo aos 90 anos. Ele declarou lei marcial em 1981 para pôr um fim ao movimento de Walesa, e seus subordinados mataram dezenas de pessoas.

Apesar disso, ele também era elogiado por seu papel em conduzir a Polônia à democracia: ele permitiu a realização de eleições parcialmente livres, e, quando elas foram vencidas por seus oponentes anticomunistas, ausentou-se do poder sem derramamento de sangue.

Walesa, de 70 anos, vestido de terno e gravata preto, sentou-se em um banco da frente da Catedral do Exército Polonês, junto ao atual presidente do país, Bronislaw Komorowski, e o ex-chefe de Estado Aleksander Kwasniewski.

Quando o bispo Jozef Guzdek, que estava celebrando a missa, pediu que os fiéis se cumprimentassem em sinal de paz, Walesa cruzou o corredor e apertou as mãos da viúva de Jaruzelski, Barbara, de sua filha Monika e de seu jovem neto.

Cerca de 300 manifestantes estavam do lado de fora da catedral, e alguns bradavam lemas anticomunistas.

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