Ex-general sérvio-bósnio pega prisão perpétua por massacre
Os magistrados consideraram que Tolimir tinha "consciência e compartilhava" os objetivos das forças sérvias-bósnias de exterminar a população muçulmana da Bósnia
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 16h41.
Haia - O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) condenou à prisão perpétua, nesta quarta-feira, o ex-general sérvio-bósnio Zdravko Tolimir, que foi mão direita do ex-líder militar Ratko Mladic, pelos crimes de guerra e genocídio cometidos em massacres como o de Srebrenica, em 1995.
Os magistrados consideraram que Tolimir tinha "consciência e compartilhava" os objetivos das forças sérvias-bósnias de Mladic de exterminar a população muçulmana da Bósnia, por isso que foi considerado "culpado" por genocídio, segundo sentença ditada pelo alemão Christoph Flügge.
O ex-chefe de segurança e de inteligência de Mladic foi considerado "culpado" também pelos crimes de "conspiração para cometer genocídio" em Srebrenica, onde morreram "pelo menos 6 mil muçulmanos homens, entre eles crianças", segundo o juiz, embora outras fontes falam de cerca de 8 mil vítimas.
O juiz estimou que "o sofrimento destes homens até a morte foi insuportável, vendo, antes de serem executados, outras pessoas morrendo", além de considerar que foi um massacre "em grande escala, grave em sua intensidade e devastador em seus efeitos".
Tolimir também foi considerado culpado de genocídio pela morte de muçulmanos no enclave bósnio de Zepa, onde as forças sérvias-bósnias mataram os três principais líderes muçulmanos, e pelos crimes de extermínio, perseguição, atos desumanos e assassinatos.
"A perseguição dos civis muçulmanos de Zepa, a destruição de suas casas e mesquitas,fez com que a população desse enclave não pudesse ser reconstruída", indica a sentença.
A única acusação da qual foi absolvido foi a de deportação, embora isso não tenha afetado no tamanho da pena, que acabou sendo a mesma que foi pedida pela Promotoria durante suas alegações finais.
Tolimir, de 64 anos, se benzeu antes de escutar a pena e durante a leitura, balançou a cabeça.
Com agravantes, os juízes consideraram "que o acusado tinha uma posição central nas forças sérvias-bósnias, com um envolvimento ativo".
Para os juízes, Tolimir compartilhava com as forças sérvias-bósnias "a determinação de destruir a população muçulmana", que causou um "sofrimento insuportável" às mulheres e aos filhos das vítimas.
Segundo a decisão judicial, o ex-general "sabia da intenção de genocídio" contra os muçulmanos da Bósnia e desempenhou um papel de "coordenação" das operações desenvolvidas pelo Exército sérvio-bósnio em 1995 com esse fim.
Após sua chegada a Haia em maio de 2007, Tolimir se declarou inocente das acusações, embora seu julgamento não tenha sido iniciado até fevereiro de 2010 devido a seu estado de saúde, já que se negava a tomar remédios que eram fornecidos pelos médicos da Corte.
Desde seu estabelecimento, o TPII acusou 161 pessoas de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, supostamente cometidos no território da antiga Iugoslávia.
Entre os jugalmentes restantes se destacam os dos líderes sérvios-bósnios Radovan Karadzic e Ratko Mladic, acusados também por responsabilidade no massacre de Srebrenica.
Haia - O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) condenou à prisão perpétua, nesta quarta-feira, o ex-general sérvio-bósnio Zdravko Tolimir, que foi mão direita do ex-líder militar Ratko Mladic, pelos crimes de guerra e genocídio cometidos em massacres como o de Srebrenica, em 1995.
Os magistrados consideraram que Tolimir tinha "consciência e compartilhava" os objetivos das forças sérvias-bósnias de Mladic de exterminar a população muçulmana da Bósnia, por isso que foi considerado "culpado" por genocídio, segundo sentença ditada pelo alemão Christoph Flügge.
O ex-chefe de segurança e de inteligência de Mladic foi considerado "culpado" também pelos crimes de "conspiração para cometer genocídio" em Srebrenica, onde morreram "pelo menos 6 mil muçulmanos homens, entre eles crianças", segundo o juiz, embora outras fontes falam de cerca de 8 mil vítimas.
O juiz estimou que "o sofrimento destes homens até a morte foi insuportável, vendo, antes de serem executados, outras pessoas morrendo", além de considerar que foi um massacre "em grande escala, grave em sua intensidade e devastador em seus efeitos".
Tolimir também foi considerado culpado de genocídio pela morte de muçulmanos no enclave bósnio de Zepa, onde as forças sérvias-bósnias mataram os três principais líderes muçulmanos, e pelos crimes de extermínio, perseguição, atos desumanos e assassinatos.
"A perseguição dos civis muçulmanos de Zepa, a destruição de suas casas e mesquitas,fez com que a população desse enclave não pudesse ser reconstruída", indica a sentença.
A única acusação da qual foi absolvido foi a de deportação, embora isso não tenha afetado no tamanho da pena, que acabou sendo a mesma que foi pedida pela Promotoria durante suas alegações finais.
Tolimir, de 64 anos, se benzeu antes de escutar a pena e durante a leitura, balançou a cabeça.
Com agravantes, os juízes consideraram "que o acusado tinha uma posição central nas forças sérvias-bósnias, com um envolvimento ativo".
Para os juízes, Tolimir compartilhava com as forças sérvias-bósnias "a determinação de destruir a população muçulmana", que causou um "sofrimento insuportável" às mulheres e aos filhos das vítimas.
Segundo a decisão judicial, o ex-general "sabia da intenção de genocídio" contra os muçulmanos da Bósnia e desempenhou um papel de "coordenação" das operações desenvolvidas pelo Exército sérvio-bósnio em 1995 com esse fim.
Após sua chegada a Haia em maio de 2007, Tolimir se declarou inocente das acusações, embora seu julgamento não tenha sido iniciado até fevereiro de 2010 devido a seu estado de saúde, já que se negava a tomar remédios que eram fornecidos pelos médicos da Corte.
Desde seu estabelecimento, o TPII acusou 161 pessoas de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, supostamente cometidos no território da antiga Iugoslávia.
Entre os jugalmentes restantes se destacam os dos líderes sérvios-bósnios Radovan Karadzic e Ratko Mladic, acusados também por responsabilidade no massacre de Srebrenica.