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Ex-funcionária da Casa Branca divulga gravação de sua demissão

Omarosa Manigault escreveu um livro de memórias sobre o período que trabalhou para a administração do presidente Donald Trump

Ex-funcionária da Casa Branca divulgou no domingo um áudio secreto sobre sua demissão (Carlo Allegri/Reuters)
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AFP

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 10h28.

Última atualização em 13 de agosto de 2018 às 10h40.

Uma ex-funcionária da Casa Branca, que escreveu um livro de memórias sobre o período que trabalhou para a administração do presidente Donald Trump , divulgou no domingo um áudio secreto sobre sua demissão, anunciada por John Kelly, o chefe de gabinete da Casa Branca.

Omarosa Manigault Newman afirmou que decidiu divulgar a gravação secreta de John Kelly na "Situation Room" - o que significa uma violação dos protocolos de segurança - e gravou conversas com Trump porque "esta é uma Casa Branca na qual todos mentem".

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A "Sala de Situação" da Casa Branca supostamente é uma área de alta segurança e os dispositivos eletrônicos são proibidos no local, mas não ficou imediatamente claro se Omarosa Manigault Newman enfrentará problemas legais pela divulgação do áudio.

Na fita, que Manigault Newman disse ter gravado em 2017, uma voz que segundo ela é a de John Kelly, alega que "importantes questões de integridade" o levaram a demiti-la.

"Eles me levam à Sala de Situação, as portas estão trancadas, eles dizem que eu não posso sair e começam a me ameaçar, colocar medo em mim e me deixam sob coação", afirmou em uma entrevista ao canal NBC, durante a qual apresentou a gravação.

"Eu me protegi porque esta é uma Casa Branca na qual todos mentem. O presidente mente ao povo americano, (a porta-voz) Sarah Huckabee para diante do país e mente todos os dois. Você precisa ter o próprio apoio ou então você vai olhar para trás e terá 17 facas nas costas"

A ex-funcionária disse que pediu à Casa Branca que liberasse seu arquivo pessoal para que limpasse o seu nome.

A Casa Branca reagiu com irritação à atitude de Omarosa Manigault Newman.

"A simples ideia de que um membro da equipe colocou um dispositivo de gravação na Sala de Situação mostra um flagrante desprezo pela nossa segurança nacional", afirmou Sarah Huckabee Sanders em um comunicado.

"E então se gabar sobre isso em uma TV nacional comprova ainda mais a falta de caráter e integridade desta descontente ex-funcionária da Casa Branca", completou.

Omarosa Manigault Newman, afro-americana, escreveu em suas explosivas memórias "Unhinged" que Trump foi surpreendido pronunciando "várias vezes" com o microfone aberto uma palavra que representa uma ofensa racial durante o reality show "The Apprentice", antes de sua campanha presidencial em 2016. Ela afirma que existem gravações que provam o uso do termo.

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