Ex-diretor da CIA nega ter mentido sobre interrogatórios
Washington - O diretor da CIA durante o segundo mandato do presidente George W. Bush, Michael Hayden, afirmou nesta quarta-feira que não mentiu e não enganou o Congresso sobre a natureza brutal dos interrogatórios de suspeitos de terrorismo. "Eu não sei se o relatório divulgado ontem é historicamente preciso", declarou ele em entrevista transmitida para […]
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 15h02.
Washington - O diretor da CIA durante o segundo mandato do presidente George W. Bush, Michael Hayden, afirmou nesta quarta-feira que não mentiu e não enganou o Congresso sobre a natureza brutal dos interrogatórios de suspeitos de terrorismo.
"Eu não sei se o relatório divulgado ontem é historicamente preciso", declarou ele em entrevista transmitida para todo o território norte-americano. "Parece mais um discurso processual do que um documento histórico."
A respeito das técnicas de interrogatório da CIA serem mais duras do que o relatado anteriormente, ele disse que "pode haver mais camadas de detalhes, mas todo mundo sabe o que é simulação de afogamento. Ela incita os reflexos anti afogamento das pessoas".
"Tenho certeza que é horrível", afirmou ele em entrevista ao programa "Today" da NBC. "Mas também foi horrível para dezenas de milhares de integrantes da Aeronáutica que usamos para treinamento."
"Eu discordo do fato de você afirmar que isso é novidade", disse ele à entrevistadora Savannah Guthrie. "Estes tópicos e assuntos já eram conhecidos."
Ele disse ter defendido na Casa Branca o conceito de que o governo tinha de manter os congressistas informados a respeito do que a comunidade de inteligência estava fazendo para impedir outro ataque como o de 11 de Setembro.
Hayden declarou que "meu propósito ao ir até lá era conversar com outro setor político e tentar decidir o caminho a seguir. Eu fui direto e honesto e passei informações como eu as conhecia e como a agência sabia que seria."
Perguntado se os norte-americanos têm o direito de ficar estarrecidos com as revelações do relatório do Comitê de Inteligência do Senado sobre as táticas de interrogatório como a simulação de afogamento, Hayden disse não saber, mas afirmou que "provavelmente é uma coisa boa" que o público saiba agora que esforços a CIA estava fazendo em seu nome.
Questionado sobre se acredita que funcionários da CIA acreditavam que realizavam a vontade da nação, Hayden, que também dirigiu a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) e foi diretor de inteligência nacional, respondeu que "o que está acontecendo agora é que essas pessoas estão vendo o tapete sendo puxado debaixo delas, pessoas que pensavam que estavam fazendo o que queria que eles fizessem. Isso não tem precedentes."
Em outra aparição, desta vez da rede MSNBC, Hayden disse temer que as revelações possam fazer da CIA uma agência "tímida". Fonte: Associated Press.
Washington - O diretor da CIA durante o segundo mandato do presidente George W. Bush, Michael Hayden, afirmou nesta quarta-feira que não mentiu e não enganou o Congresso sobre a natureza brutal dos interrogatórios de suspeitos de terrorismo.
"Eu não sei se o relatório divulgado ontem é historicamente preciso", declarou ele em entrevista transmitida para todo o território norte-americano. "Parece mais um discurso processual do que um documento histórico."
A respeito das técnicas de interrogatório da CIA serem mais duras do que o relatado anteriormente, ele disse que "pode haver mais camadas de detalhes, mas todo mundo sabe o que é simulação de afogamento. Ela incita os reflexos anti afogamento das pessoas".
"Tenho certeza que é horrível", afirmou ele em entrevista ao programa "Today" da NBC. "Mas também foi horrível para dezenas de milhares de integrantes da Aeronáutica que usamos para treinamento."
"Eu discordo do fato de você afirmar que isso é novidade", disse ele à entrevistadora Savannah Guthrie. "Estes tópicos e assuntos já eram conhecidos."
Ele disse ter defendido na Casa Branca o conceito de que o governo tinha de manter os congressistas informados a respeito do que a comunidade de inteligência estava fazendo para impedir outro ataque como o de 11 de Setembro.
Hayden declarou que "meu propósito ao ir até lá era conversar com outro setor político e tentar decidir o caminho a seguir. Eu fui direto e honesto e passei informações como eu as conhecia e como a agência sabia que seria."
Perguntado se os norte-americanos têm o direito de ficar estarrecidos com as revelações do relatório do Comitê de Inteligência do Senado sobre as táticas de interrogatório como a simulação de afogamento, Hayden disse não saber, mas afirmou que "provavelmente é uma coisa boa" que o público saiba agora que esforços a CIA estava fazendo em seu nome.
Questionado sobre se acredita que funcionários da CIA acreditavam que realizavam a vontade da nação, Hayden, que também dirigiu a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) e foi diretor de inteligência nacional, respondeu que "o que está acontecendo agora é que essas pessoas estão vendo o tapete sendo puxado debaixo delas, pessoas que pensavam que estavam fazendo o que queria que eles fizessem. Isso não tem precedentes."
Em outra aparição, desta vez da rede MSNBC, Hayden disse temer que as revelações possam fazer da CIA uma agência "tímida". Fonte: Associated Press.