Ex-assessor de Trump revela lobby para Turquia antes das eleições
A Casa Branca, no entanto, negou que o presidente sabia que seu ex-assessor para segurança interna havia trabalhado para promover interesses turcos
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de março de 2017 às 12h37.
Washington - A Casa Branca negou nesta sexta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , sabia que seu ex-assessor para segurança interna, Michael Flynn, havia trabalhado para promover interesses do governo da Turquia antes de escolhê-lo para o cargo.
Os comentários chegam dois dias depois que Flynn e sua firma, a Flynn Intel Group, registrou no Departamento de Justiça que haviam trabalhado para uma empresa de um agente turco com ligações com o governo em Ancara.
Ontem, o vice-presidente Mike Pence afirmou que a notícia "é uma confirmação de que o presidente agiu bem em pedir que Flynn renunciasse ao cargo".
Questionado sobre o assunto, o porta-voz de Trump, Sean Spicer afirmou que não sabia que Flynn havia recebido para ajudar o governo turco.
Nos documentos enviados para o Departamento de Justiça, Flynn afirmou que sua empresa recebeu US$ 530 mil para um trabalho de lobby em favor da Inovo, uma companhia baseada na Holanda cujo dono é o empresário turco Ekim Alptekin.
Em entrevista para a Associated Press, Alptekin afirmou que Flynn revelou o fato após pressão de autoridades do Departamento de Justiça.
Esta é a primeira vez que Flynn, que saiu do governo em meio a acusações de envolvimento com autoridades russas, admite ter trabalhando para promover interesses estrangeiros no país. Fonte: Associated Press.