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Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, é atacado a tiros em suposta tentativa de prisão

Agricultores apoiadores do ex-presidente Evo Morales continuam bloqueando estradas na Bolívia para evitar a provável prisão de Morales

Imagem dos tiros contra o veículo que transportava o ex-presidente Evo Morales, após um suposto ataque armado contra o ex-mandatário, neste domingo em Cochabamba (Bolívia). O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales (2006-2019), denunciou neste domingo que o veículo em que estava, a caminho da emissora onde costuma apresentar seu programa de fim de semana, recebeu 14 disparos de indivíduos desconhecidos que estavam em dois veículos, ferindo o motorista que o transportava (Rádio Kawsachun Coca/EFE)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 27 de outubro de 2024 às 11h41.

Última atualização em 27 de outubro de 2024 às 11h44.

O ex-presidente Evo Morales , líder da oposição na Bolívia, divulgou um vídeo nas redes sociais relatando uma tentativa de prisão e um ataque a tiros, neste domingo.O carro do político foi atingido por disparos em meio às crescentes tensões políticas no país.

Nas imagens, Morales aparece ao lado do motorista e, pelo telefone, declara: “Estão atirando em nós, estão nos detendo; rapidamente, mobilizem-se”.

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O vídeo mostra marcas de tiros no veículo e o motorista ferido, com sangue na cabeça e no peito. Segundo a Rádio Kawsachun Coca, 14 tiros foram disparados contra o carro de Morales.

Agricultores apoiadores do ex-presidente Evo Morales continuam bloqueando estradas na Bolívia para evitar a provável prisão de Morales, investigado por suposto abuso de uma menor durante seu mandato em 2015.

O atual presidente, Luis Arce, tenta conter os bloqueios, mas o incidente corre o risco de intensificar os conflitos, agravando a já tensa situação econômica que os bolivianos enfrentam. As interdições nas estradas intensificaram a escassez de combustível, provocando longas filas de veículos nos postos de gasolina das cidades. Além disso, os preços dos produtos básicos dispararam nos mercados.

Os bloqueios começaram em 14 de outubro, organizados por camponeses que exigem o “fim da perseguição judicial” contra Morales, investigado pelos crimes de "estupro e tráfico de pessoas".

Morales, o primeiro indígena a governar a Bolívia, não compareceu a uma intimação do Ministério Público do departamento de Tarija para prestar depoimento, o que pode levar as autoridades a decretar sua prisão.

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